Quando se separam os suicídios por idade, pasmem! Entre crianças e jovens até os 19 anos, crescem mais os números do que entre adultos e idosos. No Brasil já é a segunda causa de morte entre a juventude, superada apenas pela violência nas ruas.
Algo de muito grave anda acontecendo, quando crianças e jovens perdem a esperança de viver…
Os especialistas apontam, como possíveis “gatilhos”, fatores tais como uma sociedade pouco solidária, a família desagregada, a desconstrução de valores morais, a pressão social pela felicidade em todos os momentos, o abuso de álcool e drogas, a desilusão com ideais mais elevados, o medo de falar da morte além, é claro, de doenças psiquiátricas das quais a de maior risco potencial é a depressão.
Nem todos os que tentam o suicídio morrem; muitos fazem tentativas frágeis, ou são atendidos a tempo, por exemplo. Entretanto as sequelas, tanto físicas quanto psicológicas são terríveis, e muitas vezes são vistas como piores do que a própria morte pelos jovens ou pela família.
Conviver com o depois, tenha ocorrido ou não a morte, costuma ser muito destrutivo para todos os envolvidos, especialmente porque a culpa toma o lugar da saudade, às vezes pela vida toda.
Nesta como em praticamente todas as situações, prevenir é muito mais eficaz e humano do que remediar, como diz o velho ditado.
Negar, esconder, envergonhar-se, são o pior que se pode fazer. A dor é excruciante, todos sabemos, mas escondê-la e fazer de conta que nada aconteceu é mortal.
Hoje em dia se pode contar com um número razoável de publicações com o intuito de ajudar as pessoas na identificação e abordagem preventiva de potenciais suicidas. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde permitem o download de “cartilhas” muito bem elaboradas; entretanto, o Centro de valorização da Vida (CVV), emwww.cvv.org.brdisponibiliza material de excelente qualidade para os que não são profissionais da saúde.
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