A Páscoa é a época do ano em que o consumo de chocolate aumenta consideravelmente e as prateleiras das lojas e supermercados ficam recheadas de produtos e ovos de páscoa, que são a grande sensação do período. Diante desse cenário animador, uma boa alternativa para quem quer aumentar a renda atual ou driblar a crise é produzir ou vender produtos derivados de chocolate, já que a Páscoa, assim como outras datas comemorativas, é uma das principais oportunidades de negócio.
Os produtos podem ser incluídos no mix de quem já trabalha com doces e chocolates. Mas é um nicho para quem também deseja iniciar o negócio próprio, aproveitando a ocasião. O importante é ter planejamento. Se o empreendedor ainda não é do ramo, deve pensar em quais produtos deseja vender, além de embalagens, fornecedores e público. Isso define a forma com que esse profissional irá trabalhar. Além disso, é preciso regularizar o negócio, mesmo que funcione em casa, pois o segmento de alimentação exige CNPJ, alvará de funcionamento, licenciamento sanitário, além de boas práticas na manipulação e higiene dos alimentos.
Uma das formas de se regularizar no setor é tornando-se um microempreendedor individual (MEI). De acordo com dados do Sebrae Minas, somente no Sul de Minas há aproximadamente 106 microempreendedores individuais formalizados no segmento de comércio atacadista de chocolates, confeitos, balas, bombons e semelhantes e de fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates.
“É por meio da criação de uma empresa que o empreendedor consegue ampliar as possibilidades de vendas, indo além do contato com amigos e familiares, podendo atender lojas especializadas, supermercados, padarias ou até mesmo abrindo uma loja própria. Por isso, a regularização da atividade é importante para ampliar as oportunidades de negócio, visto que o MEI tem acesso a impostos mais baixos e pode vender suas mercadorias para outras empresas”, avalia o gerente da Regional Sul do Sebrae Minas, Rodrigo Ribeiro Pereira.
Com os preços dos ovos de Páscoa de marcas tradicionais mais elevados no varejo, os empreendedores que produzem chocolates artesanais ganham destaque no mercado, com a promessa de sabores especiais e, muitas vezes, únicos. Este é o segredo de sucesso de Ana Lúcia da Silva, que mora em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. No ramo há aproximadamente nove anos, vê na qualidade do produto e no atendimento os seus grandes diferenciais. No período da Páscoa, a produção de Ana Lúcia chega a aumentar 50%.
“Durante o ano, trabalho com trufas e cones recheados e, na Páscoa, os meus clientes que já estão acostumados com os produtos também compram ovos e coelhos recheados nos sabores de sua preferência. Além disso, muitos deles dizem que voltam e indicam os meus produtos, porque sou muito simpática. Desse modo, a clientela só aumenta”, diz a microempreendedora individual.
MEI no Sul de Minas
Minas Gerais possui 852.339 microempreendedores individuais formalizados. O Sul de Minas representa uma parcela significativa desse total e alcança o 3º lugar no estado, com cerca de 96,9 mil MEIs ou 11,37% do total. Nas três maiores cidades da região há 18.143 MEIs, sendo 6.220 em Pouso Alegre, 6.020 em Varginha e 5.903 em Poços de Caldas. Os dados são de dezembro de 2017, fornecidos pelo Portal do Empreendedor.
Fonte: ASCOM / Sebrae Minas