Faltam 284 dias para o início da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, mais precisamente no dia 14 de junho. O futebol brasileiro após o grande vexame de 2014, ficou com a autoestima lá em baixo se considerando no fundo do poço. Não no meu caso que disse por várias oportunidades que o fim do poço ainda estava por vir, pois seria a não classificação para a próxima copa do mundo. Algo desconhecido pelo futebol brasileiro que disputou todas as copas.
Mas eis que o óbvio deixou de ser ignorado quando o técnico que não era técnico foi demitido e aquele que era unanimidade foi contratado: Adenor Leonardo Bacchi (o Tite).
Contrariando a tese de Nelson Rodrigues que diz que: “toda unanimidade é burra”, tudo mudou a partir da era Tite. Conseguimos chegar a liderança do ranking da FIFA, fomos a primeira seleção a se classificar para a copa da Rússia (dentro do campo), com uma arrasadora sequência de vitorias, ultrapassamos a marca do técnico João Saldanha em jogos de eliminatórias em 1969 (aquele time de Pelé, Rivelino, Gerson, Tostão e Cia e foi tri campeão em 1970. Com esta última vitória contra o equador, o Brasil garantiu a liderança na eliminatórias, visto que nenhum país poderá ultrapassar mais o número de pontos. Com isto pode-se considerar campeão da eliminatórias sul americanas (embora não tenha este tipo de premiação).
Além disso, hoje o Brasil tem o jogador mais caro da história do futebol, também tem o sonho não concretizado do Barcelona (Philippe Coutinho) e duas peças essenciais para o desempenho do clube mais vitoriosos da atualidade que é o Real Madri (Marcelo e Casemiro). Tem também a grande sensação do atual campeonato da Inglaterra que é o jovem Gabriel Jesus. Estas e outras situações faz do Brasil, um dos favoritos para a próxima copa do mundo. Quanta diferença de status com praticamente o mesmo grupo.
Antes de iniciar a copa, ainda há um grande desafio para o técnico Tite, visto que definir um time titular ou fechar o grupo com muita antecedência já se mostrou um erro em outras copas. O técnico Tite vai precisar utilizar este período para testar outras variações táticas no time e com isto identificar novas possibilidades para ser utilizadas dependendo dos adversários. Será também importante fazer amistosos contra grandes times de outras escolas (principalmente da Europa).
É verdade que várias necessidades que identificamos após aquele pesadelo de 7×1 contra a Alemanha, não foram promovidos, mas bastou um profissional no comando com a competência técnica e a liderança necessária para que todos aqueles problemas que listamos em 2014 sejam esquecidos por todos. Isto nos mostra que após um grande pesadelo, é necessário voltar a um ambiente tranquilo para que novos e bons sonhos retornem a acontecer.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM