Não há mais necessidade de se falar em humilhação. O que se viu nas semifinais do dia 8 de julho de 2014 já entrou para a história e reflete nada mais que a desorganização que enfrenta todo o país, não apenas aquela seleção que defende o Brasil em casa. Com oito anos para se organizar uma Copa de Futebol, apenas nos últimos meses que se descobriu estádios inacabados e gramados ruins.
Receber a Copa do Mundo de Futebol no seu país certamente cria uma expectativa e uma pressão grande nos jogadores. Muitas participações na televisão, muitas entrevistas e um esquema de jogo pouco definido às custas de um único jogador mostram o que foi a copa para a seleção brasileira. Quando Neymar não pode participar e foi preciso jogar um pouco diferente, a desorganização foi total e essa sim foi a causa da derrota. Não se trata apenas de um apagão de seis minutos.
Agora, mudar tudo e chamar um técnico estrangeiro não vai solucionar o problema miraculosamente. Nem o governo pode mexer nisso, sendo vetado pelo próprio Estatuto da FIFA. A seleção também não é o maior problema, quão grande é o escândalo da máfia dos ingressos? O que vai ficar para as gerações futuras desse grande e problemático evento?
Agora resta ao Brasil a disputa do terceiro lugar com a Holanda, que já mostrou não se importar nem um pouco com o jogo. O time que precisa da vitória para se reerguer tem na desmotivação da seleção holandesa uma chance de se redimir e ao menos minimizar os danos. Sobre Alemanha e Argentina, o jogo divide opiniões e agora é preciso esperar e ver.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM