Muita gente se confunde na hora de comprar alimentos indicados como diet ou light. Mas afinal, na prática, o que esses termos querem dizer? Um produto diet é aquele isento de determinado ingrediente, como por exemplo, o açúcar, o sódio, a proteína ou a gordura. São alimentos que foram desenvolvidos para atender a grupos específicos, como as pessoas portadoras de diabetes, de dislipidemia (presença de níveis elevados de gordura no sangue), entre outras.
Já os produtos com a denominação de light não precisam ter isenção total de certo ingrediente. Basta uma redução de, no mínimo, 25%. Eles surgiram para suprir a demanda de uma fatia crescente da população, que se preocupa com o bem-estar e a manutenção da saúde.
Produtos diet costumam ser associados a emagrecimento, mas, muitas vezes, o valor energético não é menor do que o dos convencionais. O chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar, mas é gorduroso e, por isso, contém muitas calorias.
De acordo com a referência técnica em diabetes da coordenação de Hiperdia (Hipertensão e Diabetes) da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fernanda Santos Pereira, devido à grande variação de ingredientes nos alimentos considerados diet, o mais recomendável para os portadores de diabetes é não exagerar nesse tipo de produto sem açúcar e manter uma alimentação à base de fibras, incluindo frutas e verduras. Além disso, a prática de atividade física é fundamental.
“A saúde da população em geral, e especialmente dos diabéticos, é em grande parte resultado de uma importante pesquisa e de escolhas que começam na hora das compras e terminam na mesa da refeição. Por isso, evite o consumo exagerado de produtos industrializados dando preferência aos naturais; além disso, fique atento aos rótulos dos alimentos na hora que for comprá-los”, destaca Fernanda Pereira.
A doença
O diabetes se caracteriza pelo nível elevado de açúcar no sangue, sendo dividido basicamente em dois tipos: 1 e 2. O diabetes tipo 1 afeta principalmente pessoas com menos de 30 anos e está relacionado a uma insuficiência do pâncreas, que deixa de produzir insulina (hormônio responsável por regular a quantidade de glicose existente no organismo).
Por se tratar de uma doença autoimune (o próprio organismo destrói as células produtoras da insulina), para que o nível de glicose no sangue se adeque às necessidades do organismo, o usuário portador de diabetes tipo 1 deve fazer a reposição do hormônio, diariamente, durante a vida toda.
Já o tipo 2 está relacionado a fatores hereditários, hábitos alimentares, obesidade, sedentarismo. Tem maior incidência em pessoas com mais de 40 anos de idade e é o tipo de diabetes mais frequente, atingindo cerca de 90% de todos os portadores dessa patologia. Nesse caso, o organismo continua produzindo insulina, mas não consegue metabolizar a glicose em níveis satisfatórios.
Em alguns portadores de diabetes tipo 2 não é necessário o uso de insulina, mas o controle da doença deve ser realizado por meio de uma alimentação equilibrada, exercícios físico e, quando necessário, a utilização de medicamentos orais.
Todo portador de diabetes tipo 1 e alguns portadores do tipo 2 necessitam do uso da insulina para controlar sua glicose no sangue. O diabetes, quando não tratado, pode provocar sequelas muito graves, como cegueira, problemas renais e amputações. Para diminuir a possibilidade das complicações, é importante que o diagnóstico seja feito precocemente e que o tratamento seja iniciado conforme as necessidades de cada indivíduo.
Fonte: Agência Minas