Um galpão de 600 metros quadrados será o local de trabalho de cerca de 80 detentos do Presídio de Itajubá, no sul de Minas, a partir desta quinta-feira (5). O espaço, localizado dentro da unidade prisional, será destinado à produção de estruturas metálicas para as construções civil e pesada. O Parque dos Atletas, sede das Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro, e o Centro Administrativo do Distrito Federal, em Brasília, serão alguns dos projetos erguidos com as armações confeccionadas pelos internos.
Segundo o superintendente de Atendimento ao Preso, Helil Bruzadelli, a construção do galpão de trabalho cria oportunidades concretas de empregabilidade para os detentos, dando a eles grandes chances de inserção no mercado de trabalho ao terminarem de cumprir a pena. “Essa inauguração é a realização efetiva de um sonho e, sem dúvida, é um exemplo da política de ressocialização empregada pelo Estado”, ressalta.
O diretor geral do presídio, Rodney Pinto, explica que todos os detentos que trabalharem no galpão receberão o equivalente a três quartos do salário mínimo, valor que será pago pela empresa parceira da unidade, a Truss Armações Metálicas, de Itajubá. Os presos ainda têm direito à remição de pena. A cada três dias trabalhados, um é retirado da sentença a ser cumprida, de acordo com a Lei de Execução Penal.
A mão-de-obra de 15 detentos foi utilizada para erguer o galpão. O espaço começou a ser construído em abril deste ano. “Com a previsão de uma média de produção de seis toneladas de armações por dia, o espaço já pode ser considerado uma importante frente de trabalho para toda a região”, destaca o diretor Rodney.
O presídio desenvolve diversas ações de ressocialização. Atualmente, 80 presos estudam e quase 200 trabalham na unidade. A mão-de-obra de alguns internos é disponibilizada para o asilo Lar da Providência, que funciona no município, e para reformas e construções de casas de famílias carentes da região. O estabelecimento prisional ainda mantém parcerias com as prefeituras de Itajubá e Piranguinho, por meio das quais os detentos fabricam artefatos de cimento e auxiliam na realização de obras públicas.
Fonte: Agência Minas