A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nessa segunda-feira (16/12), a operação Dealer, na capital paulista, que resultou na prisão de um homem, de 45 anos, suspeito de integrar uma facção criminosa que atuava em Minas Gerais. Contra ele, havia três mandados de prisão em aberto, incluindo um de condenação por tráfico ilícito de entorpecentes, com pena de 13 anos e 7 meses de reclusão.
De acordo com o delegado Thiago Machado, chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), a prisão do alvo é resultado de trabalho de investigação e inteligência policial. “Em São Paulo, ele estava usando documento falso, adquirido de um indivíduo investigado e preso na operação Fox [deflagrada pela PCMG há cerca de dois anos]. Assim, vinha mantendo, aparentemente, uma vida lícita naquele local”, pontua.
Os levantamentos indicam que o homem passou a residir em um apartamento em região de classe média alta na capital paulista e começou a atuar em jogos de pôquer, frequentando clubes fechados dedicados a essa prática. Após dois meses de apurações, a equipe conseguiu o endereço da localização do suspeito, preso quando estava entrando em uma academia.
“Quando viu que os policiais eram de Minas, ele não quis mais apresentar o documento e foi levado à Delegacia de Polícia Civil em São Paulo, onde foi feito o procedimento de formalização do mandado de prisão”, descreve o chefe do Deoesp.
Histórico
Segundo Thiago Machado, o preso já foi alvo de investigação da Polícia Civil há cerca de dez anos por atuação no tráfico de drogas na capital, sendo apontado com um dos gerentes. “A origem de sua atuação criminosa vem do aglomerado conhecido como Suvaco das Cobras. Ele foi indiciado ao lado de outro traficante [detido desde 2018], que ficou foragido por muitos anos, inclusive fora do país, e foi preso pela Polícia Federal”, informa.
O homem preso ontem, conforme pontua o delegado, tem mais de 24 páginas de registros policiais – além de tráfico de drogas, por crimes como homicídio tentado e tentativa de resgate de adolescentes de unidade do sistema socioeducativo – e possuía diversos indiciamentos pela PCMG. “Agora serão intensificadas as investigações para saber o que efetivamente ele estava fazendo em São Paulo, se está com alguma relação com outros integrantes da facção criminosa”, adianta.
Ação policial
A ação da PCMG foi realizada pelas equipes da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), vinculada ao Deoesp, e do Laboratório de Inteligência Cibernética (CiberLab) da Superintendência de Inteligência e Informações Policiais (SIIP).
A operação é um desdobramento das ações integradas entre a Draco e o CiberLab, com foco na desestruturação de organizações criminosas, visando tanto à neutralização das lideranças quanto à eliminação das bases econômicas dessas facções.
Foto: Divulgação/PCMG
Por ASCOM-PCMG