Também nos Evangelhos, apesar dos muitos milagres de cura citados, Jesus deixou bem claro: “Quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 27). Portanto, quem não colocar em prática o dom da fé que recebeu no batismo, corre o risco de desanimar e deixar de receber a graça.
Até Madre Teresa de Calcutá acreditou que Deus a havia abandonado, chegando a duvidar de Sua existência. Mas, perseverando com fé nas suas provações, na década de 70 escreveu assim: “Sem sofrimento, o nosso trabalho poderia ser apenas um serviço social. Toda a desolação dos pobres deve ser resgatada e nós devemos tomá-la um pouco sobre os nossos ombros”.
Pois é, sabemos que a graça de Deus está em toda parte, mas Ele quer a nossa colaboração para concedê-la. Muitas vezes, quem menos espera alcançá-la, fica completamente estarrecido com tamanha maravilha, como ocorreu nesta história real – divulgada no ‘site da Canção Nova’:
Um sacerdote de Nova Iorque se dispôs a rezar numa das paróquias de Roma quando, ao entrar, encontrou um mendigo e percebeu que era um companheiro de seminário – ordenado padre no mesmo dia que ele. Depois de identificar-se, escutou do mendigo como havia perdido a fé e a vocação. Ficou profundamente chocado.
No dia seguinte, o sacerdote americano teve a oportunidade de assistir a Missa privada do Papa. Ajoelhou-se diante dele, pediu que rezasse por seu companheiro de seminário e descreveu brevemente a situação. Um dia depois, recebeu o convite para almoçar com o Santo Padre e levar o referido homem.
Após o almoço, o Pontífice solicitou ao sacerdote que os deixasse a sós e pediu ao mendigo que escutasse sua confissão. O homem, impressionado, respondeu que já não era sacerdote, mas o Papa disse-lhe: ‘Uma vez sacerdote, sacerdote sempre’. Insistiu o mendigo: ‘Porém, estou fora de minhas faculdades de presbítero!’. Explicou-lhe, então, o Papa: ‘Eu sou o bispo de Roma e posso encarregar-me disso’.
O homem escutou a confissão do Santo Padre e lhe pediu que também escutasse a sua. Depois disso, chorou amargamente. Ao final, João Paulo II lhe perguntou em que paróquia estava mendigando, o designou assistente do pároco e encarregado da atenção aos mendigos. Alguém imaginaria isto?
Um dia, perguntaram a João Paulo II se iria renunciar. Ele respondeu: “Se Cristo tivesse descido da cruz, eu teria o direito de renunciar”. Portanto, querido leitor, viva a sua fé e a pratique da maneira que Deus lhe permitir. A Igreja sempre rezará por você.