Durante a seca, muitos animais começam a se deslocar do alto das montanhas em busca de comida. Nesse período as pessoas começam a perceber o aparecimento de ratos e, consequentemente as serpentes, além de haver a possibilidade de aparecerem também os lobos e suçuaranas.
Outro problema que intensifica esse deslocamento são as queimadas. Segundo a sargento Luciana de Castro, comandante da Polícia Militar Ambiental de Itajubá, no período de seca as pessoas costumam fazer pequenas fogueiras pensando que não há problema, mas com o vento as chamas se espalham e rapidamente um pequeno foco se torna um incêndio florestal. Os animais silvestres então começam a fugir do fogo, em direção às áreas habitadas.
Para evitar o aparecimento de animais a orientação é não deixar alimento acessível a eles. Em caso de aparecimento de animais, as pessoas podem usar de artifícios, como rojões ou estalinho, para espantar os mesmos. Gatos e galinhas podem ajudar a evitar o aparecimento de roedores e serpentes.
O abate do animal só deve ser feito em caso de risco de vida. Quando um animal é caçado e morto, isso acaba por atrapalhar a cadeia alimentar e provocar um desequilíbrio. Caso as serpentes desapareçam haverá um aumento grande da população de ratos, por exemplo.
Existe uma legislação específica para queimadas e apenas pessoas autorizadas poderiam fazer isso. Na região essa permissão não cabe e a queimada é proibida. Na própria Lei Orgânica do município de Itajubá a queima de material no quintal de casa é proibida e em casos de acampamento, existe permissão para que a pessoa acenda uma fogueira, mas ela precisa ter conhecimento sobre isso e também ter a responsabilidade de extingui-la completamente para prevenir incêndios.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM