O tamanho do investimento necessário, as possíveis propinas que encareceram as obras, a crise econômica que assola o país, a criminalidade crescente no Rio de Janeiro, as epidemias que assombram a população e os visitantes e o infeliz momento político que envergonha nossa gente.
Mas agora é tarde para mudar de ideia. Faltam somente quatro dias para que o maior evento esportivo do planeta comece a ser disputado. Na verdade, a abertura ainda não aconteceu, os jogos ainda não começaram, mas a Olimpíadas já se faz presente. Grande parte das delegações estão na cidade sede. Ao visitar o Pão de Açúcar na sexta feira, a proporção era de três gringos para cada brasileiro. O calçadão de Copacabana mais parecia um evento de congregação internacional onde observamos todas as raças e cores. Fiz questão de observar os estrangeiros e era nítida a empolgação com as maravilhas da cidade maravilhosa.
Fiz questão de utilizar o sistema integrado de transportes coletivos que foram implementados para atender as exigências do comitê olímpico. O veículo leve sobre trilhos (VLT), que liga a rodoviária Novo Rio ao aeroporto Santos Dumont, passando pela área portuária que foi totalmente revitalizada, passando a ser um grande atrativo turístico com cultura, arte e as belezas naturais. A linha 4 do metrô, que liga a zona sul (Ipanema) a zona oeste (Barra da Tijuca) que é um bairro distante, mas próximo do parque olímpico. O transporte rápido de ônibus (BRT) que envolvem a transoceânica e a transoeste, novas vias de acesso para encurtar caminhos, vias expressas para dar agilidade. O túnel Prefeito Marcelo Allencar que substituiu o elevado da perimetral que foi implodido e possibilitou a revitalização da área portuária.
Pelo que conhecia e pelo que vivenciei, cheguei à conclusão que embora possa custar caro, a população do Rio de janeiro e seus constantes visitantes ganharam muito com a olímpiadas. Pois ela deixará realmente um grande legado nesta questão de mobilidade urbana.
Independente das medalhas que virão, a população do Rio de Janeiro já ganhou com este evento.
Quantos anos levariam para que essas obras fossem realizadas se não houvesse a Rio 2016?
Sinceramente, eu jamais conseguiria fazer o roteiro que fiz esta semana que passou e com certeza não faria parte da história de minha vida.
Se ganhei ou se perdi, o importante é que emoções eu vivi e viverei.
Pelo menos essa é a minha opinião!