Sentado em frente ao monitor, o técnico apertou algumas teclas, balançou a cabeça e desligou o aparelho. Então, tirou do bolso uma pequena chave de fenda e girou uma volta e meia um minúsculo parafuso. A seguir, religou o computador e verificou o seu perfeito funcionamento.
O presidente da companhia mostrou-se encantado e se dispôs a pagar a conta imediatamente.
– Perfeito! Quanto lhe devo? – perguntou.
– São mil dólares pelo serviço todo.
– Mil dólares por apertar um simples parafusinho? Eu sei que o computador custa uma fortuna, mas mil dólares é um valor brutal! Só pagarei se me enviar uma fatura detalhada que justifique a cobrança.
Na manhã seguinte, o presidente recebeu a fatura, leu com atenção, refletiu por alguns momentos e resolveu pagá-la sem restrições. Na fatura, constava: “Apertar um parafuso = 1 dólar; saber qual parafuso apertar = 999 dólares. Total = 1000 dólares”.
Uma resposta convincente, concorda? Também Jesus, quando quiseram embaraçá-lo e perguntaram se deveriam pagar imposto ao imperador romano, respondeu: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Com sabedoria, deixou claro que o homem foi criado principalmente para as coisas do alto.
A reposta de Jesus, ainda hoje, é um convite para abandonarmos nossos horizontes limitados e ajudarmos na construção do Reino de Deus. Na ‘cilada perfeita’ que armaram para Ele, se apoiasse o tributo imperial, iria se expor ao ódio dos judeus; se não apoiasse, seria denunciado aos romanos como revolucionário e agitador do povo. Sabiamente, Jesus Cristo calou os líderes judaicos com suas célebres palavras.
E como recebemos dons do Espírito Santo, continua sendo possível agir com sabedoria em situações embaraçosas. Foi o que aconteceu numa escola de ensino médio, onde um jovem tomou para si a responsabilidade de discordar do palestrante:
– Vocês, coroas, cresceram num mundo diferente. Nós temos internet, celular, viagens espaciais e tecnologias inovadoras. Temos ainda energia nuclear, carros elétricos e computadores com grande capacidade de processamento. Sabemos melhor do que vocês como nos comportar no mundo moderno.
A resposta do professor foi precisa:
– Você pode estar certo, filho. Nós não tivemos muitas dessas coisas quando éramos jovens, por isso as inventamos e as desenvolvemos para vocês. E você, o que está fazendo para a próxima geração?
Todos aplaudiram ruidosamente o conferencista.
Pois é, tomara que esta história sirva de exemplo para cada cristão, sinalizando que não pode viver alienado do planeta globalizado, mas é importante ser fermento, sal e luz para um mundo melhor. Fundamentado na caminhada do povo de Deus, o cristão pode fazer uma diferença saudável na comunidade – atuando como embaixador divino, a começar na família.
Mas, para concluir os ‘sábios argumentos e respostas’ que preparei, eis outra lição:
Num domingo pela manhã, um importante professor estava lendo jornal no jardim de casa quando o pai sentou-se ao seu lado. O velho havia sofrido um derrame há anos e, desde então, não pronunciava bem as palavras. De repente, o senhor idoso apontou para o topo de uma árvore e resmungou algo para o filho. E ele respondeu:
– É um simples pássaro, pai.
Assim que voltou a atenção para o jornal, seu pai novamente apontou para a árvore e mostrou algo a ele. O professor repetiu:
– É só um pássaro, pai. Deixe-o em paz que daqui a pouco ele vai embora.
Mas quando notou que o velhinho insistia em lhe mostrar o passarinho, o filho desabafou:
– Pai, eu já lhe disse que isto não passa de uma avezinha sem importância. Pare de ficar perdendo tempo com isso! Que coisa chata!
Então, a mãe do professor veio ao jardim e perguntou ao filho:
– Por que você está gritando com seu pai?
– Ele não pára de me mostrar um passarinho na árvore! Que importância tem isso?
Abraçando o marido, a senhora disse ao filho:
– Querido, quando você era pequeno, eu me lembro que seu pai o levava passear no bosque todo final de semana. Chegando próximo ao lago, você apontava para um peixe e sorria. Imediatamente seu pai lhe respondia que era um peixinho e o levava mais perto para vê-lo melhor. E vocês ficavam muito tempo fazendo a mesma coisa: você mostrando o lago e seu pai, pacientemente, explicando que era um lindo peixinho. E cada vez que ele repetia isso a você, lhe dava um carinhoso beijo na face.