Os mendigos formavam exércitos que se apresentavam em grupos compactos, arma ao braço e blasfêmia nos lábios diante das igrejas, exigindo impiedosamente a esmola. Foi quando a Providência de Deus suscitou um homem de estatura verdadeiramente profética: São Vicente de Paulo.
Secundado por almas exponenciais e de grande misericórdia, como Santa Luísa de Marillac, Pe. Vicente deu início às obras de assistência aos necessitados e começou a modificar o triste panorama local. Fundou confrarias de caridade, onde recrutava jovens virtuosas para rápidas lições de curativos e exercícios espirituais, sob a direção de Santa Luísa, levando-as posteriormente para o trabalho caritativo nas diversas paróquias.
Semanalmente, o santo fundador reunia as Filhas de Caridade em familiares reuniões e lhes fazia perguntas sobre as virtudes cristãs, os votos e as Santas Regras. Assim, comentava as respostas: confirmando, esclarecendo ou corrigindo algum ponto.
Através das anotações de Santa Luísa de Marillac, a palavra viva, simples, convincente, penetrante e prática do sacerdote deram origem às regras de sabedoria e bom senso da Sociedade São Vicente de Paulo e de outras tantas obras de caridade em todo o mundo.
Em Itajubá, há 16 Conferências Vicentinas – mais de 150 membros entre consócias (mulheres) e confrades (homens). Graças ao espírito cristão de São Vicente, muitas famílias itajubenses recebem ajuda material e espiritual desses seus fiéis seguidores.
A caridade com amor é a senha para a vida eterna. Podemos nos santificar e conduzir almas ao céu por meio de amor ao próximo ou, com pesar, tentar justificar nosso comodismo e ganância a Deus, Nosso Senhor. A escolha é de cada um.
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG)