Uma decisão com todos os ingredientes para uma grande festa. O palco nada menos que o grande templo do futebol: o magico Maracanã. O adversário trouxe na bagagem uma goleada do próprio Brasil na fase de classificação e não tem tradições futebolísticas. 70 mil brasileiros com poder aquisitivo para pagar o preço absurdo do ingresso. Assim veio o nono título da Copa América para o Brasil. Realmente não houve outro time melhor. Melhor ataque com 13 gols. A defesa menos vazada com apenas um golzinho de pênalti. A melhor média de posse de bola com 65% e a melhor média de troca de passes com 488. Não foi um futebol maravilhoso, mas bem superior aos demais. Então podemos dizer de peito inflado e queixo erguido que somos o melhor futebol da América. Agora é necessário se preparar para o mundial. É preciso desenvolver uma renovação em algumas posições. Ficou claro que o Tite não pensou nesta estratégia utilizando a Copa América, pois ele sentiu que precisava ganhar e amenizar as pressões que eram volumosas.
A zaga e os laterais estão com a média de idade avançada para a próxima Copa do Mundo de 2022. Neymar vai voltar, mas esperamos que seja com um novo contexto: alguém em que deve servir o todo e o todo deve se beneficiar de suas habilidades inquestionáveis, mas com muita seriedade e profissionalismo. Também acho que em novas funções, deixando a transição e o inicio de criação das jogadas para abastecer o ataque. Isto não deu certo na Copa do mundo de 2014 e 2018, será que Tite vai insistir? Será que mesmo não sendo exemplo, ele continuará com a faixa de capitão? Será que o pai de Neymar continuará circulando pelos corredores de concentrações como se fosse dirigente e interferindo no ambiente do grupo?
São situações que até o momento não deram certo e o Tite precisa aprender com os erros. Se a Copa América servir para que os líderes deste grupo percebam as diferenças de Neymar fora de campo, já valeria muito até mais que o título que já está na galeria. A verdade é que sem Neymar, o campeão voltou, mas Neymar também voltará e esperamos que seja para o bem do futebol brasileiro.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Bacharel em administração, especialista em qualidade e produtividade; mestre em engenharia de produção e atualmente se especializando em psicopedagogia institucional.Sua coluna é“Crônicas do Professor Ronaldo“.