Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. Quando lhe perguntaram o porquê daquele hábito, ele sorriu e respondeu:
“Há alguns anos, eu era professor de natação de um clube e, certa noite que não conseguia dormir, fui à piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua cheia brilhava através do teto de vidro e, quando eu estava no trampolim, vi minha sombra no fundo da piscina. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz e, em vez de saltar, fiquei contemplando aquela sombra. Pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado que aprendi de criança: ‘Jesus morreu para nos salvar pelo seu precioso sangue’.
Não sei quanto tempo fiquei ali parado com os braços estendidos, mas foi tempo suficiente para ter certeza que Jesus acabava de salvar mais um. Haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido até ver a cruz no fundo. Tremi todo e senti um calafrio na espinha, já que, se eu tivesse pulado, seria o meu último salto.
Naquela noite, a imagem da cruz salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus, que ajoelhei na beira da piscina, me arrependi dos pecados e me entreguei a Ele. Fui salvo duas vezes – corpo e alma – e, para nunca mais me esquecer, sempre que vou nadar, molho o dedão do pé antes do salto.”
Que susto o professor de natação passou naquela noite, hein! É, nesta vida, tudo passa. Deixamos para trás: as alegrias e as tristezas; os sonhos e os pesadelos; os elogios e as ofensas; as verdades e as mentiras; enfim, o tempo nos ajuda a esquecer, a superar e a conformar com quase tudo. Epa! Eu disse ‘quase’? Pensando bem, nem tudo fica no passado, não é mesmo?
Carregamos conosco: a nossa experiência de vida, o conhecimento adquirido, a fé viva no coração, o respeito conquistado, as amizades sinceras, as obrigações para com a família… e a verdadeira missão que recebemos de Deus! Quanta coisa, hein? Bem, mas se este assunto fosse discutido em público, acredito que daria muito ‘pano pra manga’, porque nem todos iriam concordar com tudo que escrevi até agora.
Por exemplo: uns diriam que os sonhos nunca morrem; outros afirmariam que o tempo só maltrata um coração ferido de saudades; e alguns nem saberiam dizer a missão que têm neste mundo! É triste concordar que muitos pensem assim: ‘Servir a Deus e ao próximo não é coisa pra mim’. Será que esta infeliz realidade também passará?
No capítulo 5 do Evangelho de São Mateus, Jesus nos diz: “Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!… Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?… Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”. Concordo que não é nada fácil fazer isso, mas há alternativa melhor de conquistar amigos e agradar a Deus? Não é perdoando que somos perdoados e rezando que entraremos na vida eterna?
É óbvio concluir que é melhor viver na presença de amigos do que de inimigos, portanto, quanto mais amizades fizermos, maior será a nossa recompensa. E mais: ganhando a confiança das pessoas, teremos mais espaço para evangelizar! Imagine só como seria bom se você chegasse no trabalho e todos se sentissem alegres com a sua presença, vindo lhe cumprimentar sorrindo e lhe desejando um ótimo dia de atividades. Dá para sonhar com isso?
Caso perceba uma boa intenção no seu coração, tenho certeza que Deus providenciará graças ainda maiores a você.