O Conexão Itajubá conversou nesta sexta-feira (3) com o coordenador da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, especialista e instrutor de tiro Gustavo Thomazine e sua esposa Micheli Leal, atiradora, professora e também especialista na EEWB, que junto de Thomazine escreveu um artigo sobre a Imbel, primeira indústria bélica América do Sul.
Com o objetivo de contextualizar a questão histórica da Imbel, o artigo fala sobre a construção da indústria em Itajubá, dos seus primeiros instrumentos, armas e peças que foram aqui fabricadas e também da importância da unidade para a cidade. Micheli explica que a história da Imbel se funde à histórica de Itajubá e juntas, fábrica e cidade, cresceram juntas.
Fundada em 16 de julho de 1934, a Imbel veio para Itajubá por influências políticas, questões de energia e questões estratégicas, uma vez que a cidade fica próxima de três capitas: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Foi um ano de pesquisa até que o artigo fosse finalizado e a publicação será feita na revista Tiro Certo, edição 35. O lançamento da revista está previsto para o próximo dia 16 de julho, em coincidência com o aniversário da Imbel.
Thomazine conta que o mais interessante na construção do artigo foi perceber que algumas informações nem mesmo as pessoas que estão na fábrica tiveram acesso. Pouca gente sabe que a Imbel teve uma grande pesquisa de submetralhadoras. A fábrica é famosa pela produção de fuzis e pistolas, mas ela também produziu outras armas e equipamentos.
Como a primeira indústria bélica da América do Sul, a fábrica tem grande destaque pelo seu desenvolvimento e todo investimento que vem fazendo. O primeiro equipamento produzido pela Imbel foi o sabre, conta Micheli, e depois a fábrica começou a produzir peças de mosquetes para o Exército, sempre crescendo e buscando atender a demanda das forças armadas.
O artigo traz a evolução da Imbel, passando pelos seus contratos internacionais e suas conquistas, bem como a preocupação ambiental que sempre esteve presente na fábrica. A publicação ainda trata da preocupação diante da possibilidade de a fábrica perder os recursos da União.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM