Inconformado com a alternativa apontada pelo teólogo, escreveu Scheid:
“Ateu alegre não existe. Todo ateu é triste. Quando um ateu honesto e autêntico se vê diante de uma pessoa que crê, não consegue evitar o comentário: ‘Eu gostaria de crer como você!’ Na prática, os ateus são pessoas muito úteis. Prestam à humanidade o precioso serviço de dar o exemplo – triste exemplo! – da extrema infelicidade que é viver (e morrer!) sem Deus. Ao contemplar o ateu e seu beco sem saída, o homem de fé pode dar graças a Deus pelo dom da fé.
Sim, todo ateu é triste. Sua vida não tem sentido. Ignora sua fonte. Ignora seu destino. Se o ateu escreve, destila amargura. O verme do ceticismo e da descrença rói suas noites insones. Se pensa na morte, nela vê um terrível absurdo. No polo oposto, o homem de fé sabe que a vida se projeta além da morte e pode celebrar antecipadamente o retorno ao coração do Pai.”
Eu sei que você, leitor(a), gostaria de continuar lendo essa belíssima reflexão do citado autor da matéria, mas acredito que já foi o bastante para consolidarmos uma opinião a respeito do Pe. Marcelo, afinal, o que ele tem feito de errado?
Deus lhe deu uma linda missão evangelizadora e ele a cumpre com Jesus e Maria no coração – como poucos o fazem nesse mundo de tantos pecados e de tantas injustiças com os nossos irmãos necessitados. Talvez a incompreensão de muitos exista porque o Pe. Marcelo se tornou famoso e vende milhares de CDs cantando, mas se esquecem que ele se dedica integralmente às obras da Igreja – inclusive, doando os direitos autorais para a sua congregação!
Sabemos que na falta de assunto, vale tudo: até criticar o abençoado Pe. Marcelo. Seria muito mais louvável ‘imitá-lo’, procurando levar a Palavra de Deus ao povo via emissoras de rádio e televisão – ocupando um espaço que a Igreja Católica poucas vezes conseguiu.
Também o Papa nos convoca a darmos testemunhos de fé cristã e sermos missionários; então, como discordar dos meios usados pelo Pe. Marcelo? Portanto, felizes aqueles que, de coração aberto, seguem os seus passos, pulam e cantam: “Os animaizinhos subiam de dois em dois…”
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).