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Tomba o gigante de Aracataca

Publicado por Misa Ferreira em 23/04/2014
Não fugindo ao destino de todos os mortais, morreu Gabriel García Márquez, um dos grandes gênios da literatura, um dos maiores ficcionistas do século XX que, no entanto escrevia partindo da alegre e dolorosa realidade latino-americana, apresentando-a de forma mística e encantada, o que lhe rendeu o título de um dos criadores do chamado realismo mágico. Sabia o escritor colombiano de Aracataca que o material para sua escrita já estava à mão, copiada de sua memória sensível que podia sempre captar desde a infância o sol impiedoso de sua vila e a revolta das tempestades tropicais. Faltava apenas pincelar com tinta dourada todos os acontecimentos que já vivera e que viveram seus ancestrais.

Seus livros contam histórias fantásticas, e ele sempre conferia aos personagens que criava a alma de sua gente, sabendo revestir essas histórias de um lirismo que só os gênios conseguem fazê-lo ao apreender a poesia encerrada na vida humana. O escritor dizia sempre que não havia uma só linha de sua escrita que não tivesse como ponto de partida a realidade, pois ele se queixava de sua falta de imaginação. Num artigo de Eric Nepomuceno li que em seu discurso quando ganhou o Nobel de Literatura, em 1982, o escritor explicou que realidade é essa que ele retratava: “Não a que está no papel, mas a que vive conosco e determina cada instante de nossas incontáveis mortes cotidianas, e sustenta um manancial inesgotável de criação, pleno de desdita e de beleza”.

Assim ele nos apresentou em sua obra-prima “Cem Anos de Solidão”, uma das obras mais lidas e traduzidas no mundo inteiro, a obstinação de José Arcádio Buendía, sempre fascinado ou enfeitiçado com suas conjeturas maravilhosas no meio de funis, filtros e alambiques adquiridos do misterioso cigano Melquíades, e que entulhavam seu rudimentar laboratório.

Também falou de amores loucos e eternos como o de Florentino Ariza por Fermina Daza em “O amor nos tempos do Cólera”. Uma paixão febril tão avassaladora capaz de atos extremos como se empenhar em resgatar o tesouro de um galeão submerso para oferecer à amada ou simplesmente de adquirir um espelho de uma pousada porque através dele pôde admirar Fermina Daza que ao fundo jantava com outras pessoas.

Por essas obras belíssimas e inúmeras outras, Gabo, como era carinhosamente chamado, alcançou glórias e mais glórias. Merecidíssimo. Teve mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas. Mas um dado interessante quanto ao número de livros é que o autor integra um grupo estranho e especial: está entre os 20 autores que tiveram mais livros roubados ao longo da última década do século XX em bibliotecas públicas dos Estados Unidos!

Gabriel García Marquez morreu. O gigante de Aracataca tombou, mas tal como Melquíades, o lúgubre cigano que enfeitiçou Buendía com sua amizade e seus apetrechos maravilhosos, o escritor nos enfeitiçou com seus livros e contos, deixando-nos um legado de obras espetaculares, aguçando nossa curiosidade e nos incitando a driblar a solidão e desesperança de nossos dias, e perseguir o sonho de avançar contra uma realidade hostil e transformá-la.

“Nunca, em nenhuma circunstância, esqueci que, na verdade da minha alma, não sou nem jamais serei ninguém mais que um dos dezesseis filhos do telegrafista de Aracataca”

(Gabriel García Márquez)

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