Tenho ouvido dos alunos, dos pacientes, dos colegas de trabalho, coisas bem parecidas.
Recorri à Astrologia, ciência que respeito e da qual me utilizo com frequência, para auto-conhecimento. Uma coisa é dar uma espiada na posição dos astros e nas suas relações, antes de vivenciar o período ao qual se referem. Outra, bem diferente, é voltar ao mapa astrológico depois que o tempo das ocorrências aconteceu. A compreensão se expande e se reforça.
Ao longo dos últimos anos, estamos vivendo um intenso processo de mudanças individuais e coletivas, simbolizado astrologicamente pelo contato entre Urano e Plutão.
Plutão, o planeta alquímico das mortes de tudo que se tornou inútil em nós, e do renascimento do que levaremos na nova jornada. Urano, o planeta das reviravoltas nem sempre desejadas, quase nunca esperadas nem compreensíveis. Para deixar o momento mais tenso nesse ano que termina, os dois estão em quadratura, isto é, têm entre si um difícil ângulo de 90°, o que torna a tarefa ainda mais dolorosa e exaustiva.
Mais? Saturno, a energia que reforça os limites, a contenção, a seriedade, transita em Escorpião. Isso nos obrigou, ao longo de 2014, a lidar emocionalmente com os sentimentos inconscientes, enterradas, nem sempre toleradas à luz do dia.
Pudera, o cansaço!
Mas… Tem sempre um mas que facilita… O ano foi regido por Jupiter, o planeta cuja energia induz à ampliação. Sendo assim, a tarefa bem feita desse ano levará os bons resultados ainda mais longe em 2015; a má notícia é que a tarefa mal feita também se expandirá, entretanto.
Entretanto, atenção: 2015 será ano regido por marte. Marte é o deus da guerra na mitologia grega. Carrega energia de luta pelos ideais, por projetos novos, pela paixão de criar, por se lançar sem medo aos desafios… Mas o uso negativo dessas forças é preocupante: agressão, lutas sangrentas, impulsividade vazia e inconsequente, conflitos…
Os antigos faziam o possível para aplacar a energia maléfica dos deuses.
Como precaução e água benta não fazem mal a ninguém, que tal virar o ano de vermelho, a cor de Marte?…