Não me perguntem como ou onde, isso é trabalho pra quem entende do assunto, empresas com especialistas e técnicos em topografia do solo, em composição da água, em barragens, em equipamentos adequados, em dimensões acertadas e outros detalhes do gênero. A única coisa que eu sei é que Itajubá precisa de um lago. Rios nós temos, já minguados, é verdade, mas ainda podem ser revitalizados e canalizados de tal forma que possam se derramar em determinado local escolhido e apropriado, formando um lindo lago, com patinhos brancos e pretos, e carpas, muitas carpas de todas as cores. Seria o máximo! Não deve ser tão difícil assim para quem tem conhecimentos do assunto e boa vontade para melhorar a cidade já tão castigada pela carência de árvores.
São muitos os benefícios que um lago pode proporcionar, falar sobre isso é chover no molhado, mas vamos lá. Um lago propicia e aumenta a umidade local. Por sua vez, a umidade propicia a criação e manutenção de plantas exuberantes. As águas e plantas atraem animais como pássaros de diversas espécies e insetos como borboletas multicores. Um local com um lago rodeado de plantas e pássaros cantantes traz frescor, serenidade e prazer. Quem sabe, dependendo das possibilidades, ainda pode ser possível praticar esportes como natação e até a pesca, mas isso é pedir demais. Só a visão de um lago sereno já bastaria para amenizar a secura que impera em nossas regiões e seria um refrigério para nossos dias e temperamentos quentes.
Quem sabe ainda poderemos desfrutar de bons momentos curtindo a natureza, refestelados nos bancos dispostos ao redor do nosso lago, com amigos, saboreando um sorvete, ou lendo um bom livro. Aí, ao levantar os olhos, veremos crianças brincando, meninos empinando pipas amarelas, jovens namorando ou simplesmente pedalando. Ah e também pintores com seus cavaletes já prontos para captar a paisagem reconfortante. Puxa vida! Até parece que descrevi um quadro de Renoir que agora não me lembro do nome. Enfim, um lago seria tudo de bom!
Agora, além do lago, eu queria mais: um laguinho japonês ou um repuxo daqueles antigos lá no nosso jardim da praça, aquele que não existe mais. Um luxo!