Logo na segunda-feira, procurei um laringologista e soube que estava com um nódulo na corda vocal esquerda – um diagnóstico preocupante segundo o próprio médico especialista, que me orientou a marcar um exame mais preciso para concluir qual seria o tipo de tratamento recomendado.
O exame foi agendado para a quinta-feira da mesma semana, dia 29, e eu já me preparava para uma destas duas possibilidades: ficar cerca de quatro meses em repouso de voz – sem cantar e sem dar aulas – ou me submeter a uma cirurgia. Estas alternativas de tratamento foram feitas pelo próprio médico que consultei e que faria o exame de videolaringoscopia na quinta-feira.
Muitas pessoas na Comunidade Nossa Senhora da Agonia começaram a rezar, pedindo que a nossa querida Mãe me abençoasse com uma cura milagrosa; inclusive, na quarta-feira à noite durante o Terço dos Homens, pedimos que Ela recebesse a nossa oração como oferecimento pela graça que eu necessitava. E eu rezei aquele terço com muita fé, mas ainda com muita dor de garganta.
No dia seguinte, assim que acordei, voltei a rezar, pensando no exame que faria logo às oito horas da manhã e resolvi passar na Capela de Nossa Senhora da Agonia para fazer mais uma prece. Lá se encontravam algumas senhoras da comunidade que recitavam o rosário das sete e eu as interrompi pedindo que rezassem por mim.
Foi quando uma coisa maravilhosa aconteceu: a coordenadora da comunidade, chamando-me à frente – diante do Santíssimo e da linda imagem de Nossa Senhora da Agonia -, tomou a palavra e começou a interceder por mim. Ela pediu que ‘pelas sofridas Lágrimas de Maria e pelo precioso Sangue de Jesus eu fosse curado’. Disse ainda, carinhosamente, que eu era o Roberto Carlos da comunidade e que se Nossa Senhora havia me enviado como cantor católico, não iria deixar que eu interrompesse essa missão.
Eu chorei bastante de emoção e, na certeza que estava sendo protegido pelo Santo Manto de Nossa Senhora da Agonia, fui cantando até a clínica. Lá, o médico introduziu uma micro câmera na minha boca enquanto eu rezava em silêncio. Depois de alguns minutos ele parou, me chamou à sua mesa e pediu que repetíssemos o procedimento de investigação porque, surpreendentemente, ele não havia conseguido encontrar o nódulo.
Foi quando eu tive certeza que realmente estava curado e afirmei isto a ele: “O senhor pode procurar à vontade que não vai achar nada!” E foi o que ele fez: repetiu o exame e me disse que aquilo só podia ser um milagre, já que há três dias atrás ele próprio havia constatado o problema.
Quando, ao sair do consultório, eu o ouvi dizer que nem sinal de nódulo havia na corda vocal esquerda, disse a ele que a cura de Jesus Cristo não deixa nenhuma marca mesmo. E voltei para casa trazendo nas mãos uma fita de vídeo – do exame realizado – e um laudo, comprovando a cura milagrosa.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Salve Nossa Senhora da Agonia!
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG)