Esta paixão é alimentada por situações que vão de grandes conquistas a pequenos atos em um verdadeiro palco onde a peça não é definida antes do apito. Um pênalti perdido, um grito contido, uma bola na trave, um gol de barriga, uma bola vadia. São momentos que se eternizam em uma história que vai sendo construída a cada grito de histeria, a cada silencio de dor.
Assim foi acontecendo com toda uma cidade chamada Chapecó do interior de Santa Catarina, um povo que se vestiu de verde para demonstrar a esperança de dias melhores, de construir uma história com todos os ingredientes deste esporte recheados de paixão. Derrepente, não mais a cidade, mas toda uma nação torcendo para que o verde da esperança fosse consumada na Arena Condá. Um jogo que levaria o clube a decidir um título continental. Já nos minutos finais da partida, uma bola a “queima roupa” com o destino certo, já para cruzar a linha do gol. Mas eis que um pé milagroso chega no tempo exato para desviar a trajetória que seria o gol do oponente, da perda de um sonho, da mudança de uma história. Após o ato, multidões em gritos e festas que se consolida a uma vaga, uma viagem para o protagonismo global de um momento inimaginável: uma decisão da Copa Sul Americana. Uma viagem a Medellín que não chegou, um sonho que não se consolidou.
Mas a história ficou, pela bola que desviou a trajetória. Uma trajetória que não adianta questionar, que é difícil de entender. Que simplesmente é preciso ter força para absorver. Um time de guerreiros que se foi, que deixou um grande legado: o da solidariedade, da cooperação, da superação e do verdadeiro espírito de equipe capaz de fazer de um time um grande campeão.
Enfim, saberíamos nós que aquela defesa heroica do Goleiro Danilo mudaria a trajetória não somente da bola, mas também de um clube, mas também de muitas famílias da história de cada personagem que fazia parte daquele teatro, daquela aeronave maldita.
PELO MENOS ESSA É A MINHA OPINIÃO!