Adentrar ao templo do futebol, é um sonho de consumo de milhões de torcedores pelo Brasil a fora. No meu caso, um sonho de uma criança do sul das Gerais que foi realizado aos 17 anos e nunca mais deixou de curtir as emoções de estar em verdadeiro extasse ao cultuar o futebol em seu maior e mais famoso templo.
Durante seis meses aquele gigante adormecido formado pela frieza do concreto e ferro se comportando como um cadáver inerte, sem vida e sem alma.
Faltava o intangível para que aquela massa voltasse a viver. Faltava a massa rubro negra. Faltava a verdadeira alma do Maracanã.
A alma do Maracanã é formada por cada torcedor, pelo vendedor de mate que insiste em bailar em nossa frente nos momentos de maior aflição, é o grito da galera que penetra nossa alma, é o mosaico da criatividade, é a beleza das cores, das mulatas e loiras, dos fidalgos aos desdentados, por uma sinergia, por uma vitória por um grito de goooool.
A alma do Maracanã são as multidões de profissionais da imprensa que rodeiam o campo e invadem suas entranhas pelos vestiários a dentro para desvendar aquilo que menos importa.
O que importa é que o coração do Maraca voltou a pulsar, parece que os corações de milhares de torcedores marcam o compasso da batida, do suspiro, do senta e levanta em um ritmo frenético, mas com uma frequência combinada como um coração gigante que bate, pois agora a alma chegou e o gigante acordou.
Maracanã e Flamengo nasceram um para o outro e o outro para o um. Até acho que o hino do mais querido deveria ser: Uma vez Flamengo, Sempre Maracanã.
Pelo menos essa é a minha opinião!