A cultura brasileira aliada à dificuldade de acesso ao serviço público de saúde com qualidade levou ao hábito da automedicação. Ficou comum a situação onde o vizinho ou o amigo indicaria um remédio que teria sido bom pra ele e o perigo só aumenta quando o mesmo é feito com antibióticos. Segundo a coordenadora do curso de Farmácia da FEPI, professora Amanda de Moraes, o antibiótico é um medicamento muito importante e o seu uso indiscriminado pode levar à criação de bactérias resistentes.
Doenças antes curadas facilmente com esses antibióticos passam a não ser mais curadas e a comunidade cientifica precisa correr para o desenvolvimento de novos e mais fortes medicamentos que consigam matar as bactérias agora resistentes. A consequência são doenças cada vez mais graves e difíceis de curar. As chamadas infecções hospitalares, muitas vezes mortais, surgiram desse mesmo efeito do uso de antibióticos e formação de bactérias resistentes.
No Brasil e também em outras partes do mundo já se identificou nos hospitais algumas superbactérias, ou seja, bactérias para as quais já não existe um antibiótico eficaz para tratamento. A principal causa é justamente o uso indiscriminado ou errado dos medicamentos.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM