Como será habitual nesta coluna a abordagem dos assuntos será feita de uma maneira objetiva e clara: qual é o objetivo do carro? Ele é bom nisso? Bom, então vamos combinar uma coisa, quando uma fabrica põe siglas como GT, GTI, GTS, GTR, GT-X, isso significa que os carros com esses complementos ao nome são versões esportivas dos mesmos, certo? Bem, atualmente a Chevrolet provou exatamente o contrario.
Astra, não, Vectra, desculpe a confusão, mas simplesmente esse carro não é um Vectra, exatamente. Ele é um Astra, o mundo o chama de Astra, mas por aqui, ele foi, digamos “promovido” a Vectra. Sem considerarmos o fato de a Chevrolet não atualizar o Astra e ao invés disso trazer a nova geração do mesmo carro como um modelo superior (o que ele não é, já que o Vectra tem um novo modelo fora também). Depois desse comentário que mais parece um desabafo de alguém frustrado, mas que realmente se importa com os carros que lhe são oferecidos, vamos ao que interessa realmente.
Após essa pequena introdução ( me desculpe quem comprou, mas pode verificar o que eu falei no site da Opel (Chevrolet européia)), vamos ao carro: o Vectra GT. Como esportivo ele “tem o dom” de falhar em quase todos os aspectos a começar pela ridícula decisão da fabrica em instalar um motor de dois litros e oito válvulas que desenvolve somente 128cv (com álcool! com gasolina fica ainda pior). Só para se ter uma idéia, a Fiat vende uma Marea com motor de 2,4 litros de 167cv e nem esportiva ela é. Ah se ele tivesse o 2.0 16válvulas do Astra GSI!
No quesito das suspensões, utiliza sistema independente McPherson na dianteira (como todos os carros brasileiros) e eixo de torsão na traseira (mais barato, do que propriamente pensado para desempenho). Não chegam a ser ruins, apenas simples (a traseira seria mais apropriada para uma linha de carros mais baratos como o Celta e o Corsa), tendo maior parte da estabilidade conseguida, não por trabalho nas suspensões (estas foram apenas enrijecidas), mas pela adoção de pneus largos. Quanto aos freios nova decepção: O GT possui freios a tambor na traseira! Só se consegue freios a disco nas quatro rodas ao comprar a versão GT-X (não questiono os freios a disco traseiros custarem dinheiro, mas não poderiam faltar em um “GT”).
Encerro por aqui e acabo por terminar o texto não com uma critica (ou mais uma) ao carro propriamente, mas à Chevrolet. Seu carro não esta errado. Ele só deveria se chamar: Vectra HATCH!
PS: A Chevrolet merece uma parabenização depois de tudo, afinal ela descobriu algo importantíssimo: O brasileiro compra o visual, então não preciso vender algo realmente bom, apenas bonitinho.