Ela surgiu muito recentemente. Apesar do pouco tempo, tornou-se um grupo enorme de profissionais da saúde com formação em Cuidados Paliativos e mais, de não profissionais interessados no tema. Afinal, Cuidados Paliativos (CP) dizem respeito a todos, não só aos profissionais de saúde.
O Prof. Marco Tullio, o pioneiro em educação em Cuidados Paliativos, já dizia com a sua mente futurista: “Morrer não é privilégio dos profissionais de saúde, e morte digna é desejo de todos. Cuidados Paliativos, então, devem ser conhecidos por todos os profissionais que cuidarão da morte, desde o início da sua formação, e por todos os cidadãos do mundo, que exigirão respeito e cuidados quando estiverem morrendo.”
Aos poucos, no Brasil, estamos cumprindo a sua profecia: desde 2023, CP já terão que ser ensinados em todas as escolas de medicina, e logo também em todas as demais faculdades das profissões da saúde.
Bingo! Primeiro desejo cumprido.
Agora, nasce a Frente PaliATIVISTAS em Pelotas (RS), por iniciativa da Dra. Julieta Fripp, e se espalha pelo Brasil com uma rapidez incrível. O grupo formado por ela, convocando os paliativistas já formados, os em formação e os apenas interessados (leigos, inclusive) em Cuidados Paliativos, não para de crescer. Rapidamente se estruturam grupos nos diversos estados do Brasil, com ligação direta com o grupo nacional.
É emocionante ver o movimento, que ao que parece já estava bem maduro, explodir dessa forma. Lançado o apelo, dado o grito, e de todo o país pessoas se apresentam.
Bingo novamente! Marco Tullio, você realmente impressiona pela visão de futuro.
E para que se unem essas pessoas em todo o país?
Para levarem a cada um dos municípios do Brasil a mensagem de Cuidados Paliativos: é preciso que em todas as cidades seja criada, através das Conferências Municipais de Saúde, a necessidade de se implantarem ações visando à oferta de CP a todos.
Tarefa hercúlea, é claro: é preciso criar as regras, formar os profissionais, integrar as ações necessárias entre todos os componentes da rede pública de saúde, etc.
Mas a “revolução do bem” já começou!
Parabéns a todos nós.