De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 3% da população tem Fibromialgia. Aquelas pessoas que são diagnosticadas com a doença sentem dores intensas em várias partes do corpo, o que acaba provocando fadiga, distúrbios do sono e episódios depressivos. Além disso, ela pode vir acompanhada de um cansaço muito grande, comprometendo a vitalidade do paciente, como explica o fisioterapeuta Fábio Akiyama.
“Ela é uma síndrome clínica, é uma doença que basicamente não tem uma cura comprovada. O paciente tem que conviver com os sintomas ou conseguir diminuí-los. Ela é uma doença que gera alguns sintomas tanto físicos quanto psicológicos. Geralmente ela gera dores difusas ao longo do corpo, a vitalidade dela é ruim, o desempenho no trabalho dela se torna ruim, parece que falta energia para aquela pessoa. Faz com que ela perca a vontade de viver.”
A professora de inglês Luíza Luniére, de 24 anos, conta como foi descobrir que ela tinha sido diagnosticada com a doença.
“Foi bem difícil na época, porque… você com 23 anos, descobrir que você tem uma doença que é uma dor crônica, que não tem cura, que você vai sentir isto pra sempre, você vai ter que viver com isto para sempre, foi bem complicado. Você acorda, parece que um caminhão passou por cima de você. Você nãod descansa. O seu sono, simplesmente, não é reparador de maneira alguma. Você acorda já sentindo dor. É uma dor de dentro, assim…E, foi só depois de uma crise horrível de Fibromialgia que eu passei a levar a sério o tratamento.”
A maioria das vezes, a dor fica na região da cintura pélvica, num lado do ombro, no dorso e na lombar. O grande problema é que a dor também pode mudar de lugar. O neurologista da Luísa, por exemplo, recomendou que ela fizesse exercícios físicos. Agora, depois do início do tratamento, ela se sente outra pessoa.
“O exercício me curou, de verdade. O exercício físico aeróbico juntamente com o pilates, que eu faço também desde então… eu sou outra pessoa agora. Eu consigo conviver bem, já aceitei a minha doença. Acho que esta foi a parte mais complicada. Agora eu estou em uma fase bem melhor assim… eu virei a pagina. Eu não sou mais a Luíza que tem Fibromialgia, sabe? Eu sou a Luíza que faz exercício físico.”
A Sociedade Brasileira de Reumatologia disponibiliza uma cartilha com informações sobre a Fibromialgia, que pode ser acessada no sitewww.reumatologia.com.br.
Fonte: Agência do Rádio