○ Brasil não tem mais condições de administrar os preços de combustível e energia elétrica, alerta professor

Novidade na Semana da FACESM, o I Fórum Econômico da ACIEI/FACESM trouxe para os empresários da região, através de especialistas convidados, as perspectivas da economia brasileira em um cenário de mudança. O fórum aconteceu na última sexta-feira (24) e contou com a presença do economista Guilherme Leão, um dos diretores da FIEMG, e também da jornalista Salete Lemos.

Durante o fórum se discutiu o que poderia acontecer no cenário econômico do país se Aécio Neves fosse eleito presidente ou se Dilma Rousseff fosse reeleita. A conclusão havia sido uma só, nada iria mudar. O motivo é que o poder de mudança do país não está nas mãos do presidente, mas do congresso nacional, que continua o mesmo.

Segundo o Coordenador do Curso de Ciências Econômicas da FACESM, Professor Cirineu Ferreira Dos Santos, as contas do Brasil não tem como fechar. As receitas estão aumentando, a poupança caindo e governo está gastando mais do que pode, não deixando nada para investimentos. Para melhorar o panorama o governo precisa fazer reformas, umas delas a reforma política.

Essa mudança também vai depender do gestor, o novo ministro, que ainda não está definido. Como o modelo político adotado no Brasil não permite mudanças a curto prazo, é esperado um 2015 difícil economicamente. O próximo Ministro da Fazenda terá que trabalhar, juntamente com o governo e de maneira muito séria, na reforma fiscal. Segundo especialistas a gestão do atual governo não tem sido muito boa.

O país possui grandes programas sociais, no entanto, o que ele precisa é de investimentos, principalmente no setor industrial. Sem investimentos não é possível gerar emprego, renda nem crescimento. “Sem crescimento não há arrecadação e aí o modelo não fecha”, explica o Professor Cirineu.

Uma das situações que irá mudar agora é a questão dos preços administrados, principalmente combustível e energia elétrica. O país não tem como manter esses preços represados e caso o modelo seja mantido e a indústria continue no mesmo ritmo que está, haverá um inevitável aumento do desemprego. Também as pessoas estão endividadas, então não há expectativa de aumento do consumo para movimentar a economia.