Confesso que estou um pouco tensa com esse ano. Não me parece que ele será muito fácil. Ajustes na economia e na política, embora necessários, se ocorrerem serão duros…
Não me sinto confortável com a situação política do país.
Tensa, polarizada, com ódios à flor da pele… Quando isso acontece, acaba ninguém tendo razão, e todos perdendo.
Na posse da Presidente (insisto em não usar o neologismoPresidentaque, por sinal, nem existe), a oposição não estava presente. Que demonstração ridícula de pouca seriedade e civismo!
Por outro lado, os rumores (confirmados) de compra de pessoas para aplaudir e gritar, que primarismo, que demonstração gratuita de fraqueza!
As críticas contundentes às vestimentas das mulheres presentes, aí incluída a Presidente… Será mesmo que não temos, como cidadãos de um país em dificuldade, mais do que roupas para avaliar, no novo Governo?
Sem dúvida quase todas as mulheres presentes não primaram pelo bom gosto (que me perdoem os estilistas, mas a criatividade nunca esteve tão em baixa), mas eu prefiro lançar os olhos e os ouvidos para a promessa de recuperação do senso de vergonha política que se perdeu, com as farras de desvio de dinheiro público dos últimos anos…
Preocupante não são as roupas, mas os Ministros… Alguns confessam não ter experiência nas suas pastas. Será hora de brincar de agradar parceiros?
O Ministro da Educação, no “Brasil Educador” de agora? Saberá ele como iniciar o resgate da educação pública?
O Ministro da Saúde, o que pensará ele da mais recente pérola do marketing institucional, as “Doenças Racistas”?
Governo despreparado, pouca sustentação (afinal, a vitória foi apertadíssima), às vezes bem pouca seriedade. Oposição infantil, birrenta como criança sem doce. População passiva, omissa, gastando os cartuchos da crítica na roupa das mulheres…
Percebem os leitores por que não me sinto confortável?