As chuvas dos últimos meses melhoraram os cenários de alguns reservatórios no Brasil, no entanto não é motivo para alívio, eles estão longe da normalidade. A posição dos órgãos ambientas, companhias de saneamento e do Governo é a mesma, existe de fato uma expectativa de agravamento da crise. Embora em março tenha chovida acima da média, o que não choveu nos meses anteriores foi muito maior para ser suprido.
O Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí, Celem Mohallem, explica o que está acontecendo. O Brasil teve um pouco de chuva e isso minimizou o problema que vinha acontecendo, no entanto, agora estamos entrando no período seco do ano e a partir de abril as chuvas vão diminuir, podendo acontecer longos períodos sem chuva alguma. Os reservatórios, principalmente das grandes cidades, não foram recompostos nesse início de ano para garantir o posterior abastecimento.
De fato, com dados atuais da Agência Nacional de Águas, a recuperação dos reservatórios depois das recentes chuvas foi mínima, tanto nos reservatórios para abastecimento urbano, como nos reservatórios para geração de energia. O alerta continua e não há expectativa de melhora para solução da crise a curto prazo e no longo prazo já se estuda se a situação não seria permanente, tendo em vista a queda acentuada no volume de chuvas desde 1978.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM