A palavra odontohebiatria é formada pelos radicais gregos odonto e hebiatria. Hebiatria deriva de Hebe, conhecida como a deusa da juventude na mitologia grega.
O primeiro passo para um bom tratamento odontológico para esses pacientes em especial é a confiança. O adolescente precisa ver no dentista um amigo, alguém com quem ele possa conversar sobre qualquer assunto, sem constrangimentos. Um diálogo aberto entre o dentista e seu paciente pode ajudar a desvendar a causa de muitos problemas. Esse vínculo de confiança entre paciente e profissional deve ser conquistado logo na anamnese.
Uma garota que utiliza anticoncepcional apresenta diminuição na absorção das vitaminas C, B6 e B12, o que pode causar sangramento gengival. Se a adolescente não confiar no dentista a ponto de contar que faz uso de anticoncepcionais (mesmo que seus pais não saibam), será mais difícil solucionar o problema que poderia ser solucionado com uma simples prescriçao de complexos vitamínicos.
O mesmo pode-se dizer com relação ao uso de drogas. Em uma simples consulta odontológica – observando-se o aparecimento de manchas – pode-se saber se a pessoa consome drogas ou nao. É muito importante ter um diálogo aberto com o paciente nesses casos, alertando sobre a possibilidade de comprometimento do colo do dente e de outros problemas.
A questão estética
Não há como negar que na adolescência a preocupação com a estética é muito presente. Em “seu mundo”, ter uma boa aparência é essencial, para não dizer fundamental.
O odontohebiatra será muito procurado por adolescentes interessados em clarear os dentes ou colocar piercings ou jóias nos dentes. É preciso ter a confiança do adolescente e usar a mesma linguagem que ele para explicar os prós e contras dessas atitudes.
. Piercing
Quando um adolescente chega ao consultório dentário interessado em colocar um piercing , é preciso explicar sobre o risco de infecções e fraturas dentárias que isso pode trazer.
É necessário orientá-lo corretamente com relação aos cuidados e aconselhar a utilização de materiais que tenham um risco reduzido de infecções.
. Clareamento dental
A procura por esse tipo de tratamento também é bastante comum entre os adolescentes. Mas é importante que o clareamento seja feito após a dentição estar completa, ou seja, em meninas maiores de 16 anos e meninos maiores de 18 anos.
Tratamentos mais comuns
O profissional em odontohebiatria deve estar preparado para as principais técnicas e tratamentos procurados por seus pacientes.
Além dos tratamentos de função puramente estética – o clareamento de dentes já citados anteriormente – também são muito comuns as cirurgias e os tratamentos ortodônticos de todos os tipos. Entre os problemas comuns nessa faixa etária podemos citar:
. A retenção tardia de dentes decíduos, que pode fazer com que os dentes permanentes cause um impacto nos dentes decíduos;
. O 3o molar incluso, que pode influenciar diretamente na posição dos demais dentes;
. Os casos de dentes supranumerários, que podem ser resolvidos com cirurgia.
Os demais tratamentos, como implante, restaurações, canal e problemas periodontais, também fazem parte do dia-a-dia do odontohebiatra.
O Dr. Hugo Robertson é diretor clínico da Deep Laser
Fonte: Maxpress