○ Conexão Itajubá fala com Musa, ex-atleta itajubense e árbitra internacional de tênis de mesa

Maria José Ferreira, mais conhecida como Musa, é campeã sul-americana e árbitra internacional de Tênis de Mesa. Começando a carreira relativamente tarde, a ex-atleta iniciou no esporte aos 12 anos de idade, mas garantida pelo seu talento teve tempo para crescer, concorrer e se tornar campeã. Aquela geração de tênis de mesa da década de 70 se tornou uma lenda em Itajubá.

Como atleta, Musa fez parte da seleção brasileira no Mundial em Israel e voltando para casa ganhou uma bolsa do Rotary Foundation para estudar nos Estados Unidos e se aperfeiçoar no inglês. Musa já era formada em Letras quando foi estudar fora e voltando para Itajubá se tornou uma das fundadoras do Laboratório Nacional de Astrofísica, que estava sendo instalado na cidade.

Mesmo trabalhando em outra área o amor pelo esporte não morreu e foi em 1987 que o também itajubense Alaor Gaspar Pinto de Azevedo quis fazer um evento na cidade, onde a ex-atleta seria homenageada. Alaor jogou na mesma época que Musa e ainda hoje é o presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Naquele evento de Itajubá, Musa reencontrou a sua paixão e decidiu seguir o caminho arbitragem, se tornando mais tarde uma dos 200 árbitros de excelência do mundo.

Musa já participou de quatro pan-americanos e a Olimpíada de 2016 no Brasil será a sua quarta experiência. Ela conta que é preciso serenidade e muito reflexo e olhos atentos para arbitragem do tênis de mesa, que é um esporte rápido. Além do árbitro principal há também o auxiliar que é muito importe, para ver aquilo que o principal não é capaz e sendo dele a palavra final em casos de dúvida.

A árbitra conta que suas experiências nos pan-americanos foram as mais interessantes e que há regras especificas para garantir ao árbitro o controle do jogo. Os atletas também são divididos por classes e conta que uma vez, ao perder, ela presenciou um atleta dar um tapa no seu treinador. As reações dos competidores são inesperadas e é preciso compreender aquela situação para dar continuidade ao jogo.

Para Musa, nesses Olímpiadas o Brasil tem mais chances no tênis de mesa com os atletas paraolímpicos. Ela conta que os brasileiros deram um show no Parapan-Americanos de 2015 em Toronto e tem fé nos atletas olímpicos Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi, mas não espera um pódio.