A pandemia do coronavírus causou turbulência no mercado financeiro e endividamento de parte dos brasileiros. Para falar sobre este cenário, o Conexão Itajubá conversa com o professor Moisés Vassallo do Grupo Denarius de Educação Financeira.
De acordo com ele, apesar da redução da inadimplência de pessoa física ter caído no país, o efeito mais preocupante na economia vai acontecer nos próximos meses. “Os grandes bancos comerciais deram a opção para os correntistas do adiamento do pagamento das parcelas de suas dúvidas. Houve
o benefício de poder pagar mais à frente, mas isso não significa que não incidirá juros sobre o montante devedor”, explica.
O professor explica que, na hora de pagar as parcelas, a dívida será ainda maior e muitos dos cidadãos terão uma renda menor. “Por perda de emprego, redução nas movimentações do seu negócio, as comissões diminuiram. A projeção é que, daqui a três meses, a inadimplência vai explodir”, prevê.
Cientes desta realidade, as instituições financeiras já estão dificultando os empréstimos. É o que revela Vassalo. “Conseguir um novo crédito para refinanciar a dívida pode ser mais difícil. Houve cerca de 30% de redução na concessão de créditos. Os bancos estão segurando, exigindo muito mais garantias antes de entregar o dinheiro”, afirma.
A orientação do profissional é que as pessoas cuidem do planejamento financeiro. “O mais duro para as famílias ainda está por vir. A situação pode até ser confortável hoje por conta do recebimento dos benefícios do governo que acabam funcionando como amortecedores. Mas, eles serão retirados. As contas vão começar a chegar de outubro em diante. Faça a análise das suas dívidas e veja o que está para estourar”, direciona.
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