Quando falo em apocalipse, não estou me referindo àquele, bíblico, nem ao de Nostradamus, nem ao dos Maias, porque todas essas versões de um mesmo símbolo podem nos induzir a pensar que o mundo será destruído (ou, ao menos, transformado) por catástrofes naturais, apenas. Porque se pensarmos assim ficaremos olhando só prá fora de nós, desde que não fomos eu ou você que poluímos o planeta…
Na semana passada fui bater um papo com o Octavio Scofano no rádio. Falamos sobre este crescendo de violência cega, irracional, absurda, que o mundo presencia hoje.
O terrorismo moderno tem potencial para se transformar no “inimigo comum” que é necessário para que se deflagre uma guerra; especialmente porque dessa vez o inimigo é o Islã de novo, conjunto de países de religião esquisita e tão diferente do cristianismo…
Será?
Se alguém tiver interesse, leia um pouco sobre a religião islâmica, e ficará surpreso ao perceber as semelhanças.
Por razões históricas obscuras, talvez estejamos retornando às Guerras Santas, às Cruzadas, à eterna intolerância de uns contra os outros, nem tão diferentes assim, entre si… E Uns se transformam em Outros com muita facilidade, porque somos todos feitos da mesma matéria, capazes às vezes de atos sublimes, mas igualmente vulneráveis a nos tornarmos monstros…
E o medo nos transforma em monstros cegos e cruéis. Porque a doença mais grave da Humanidade, hoje, é o medo. Andamos perdidos frente à Natureza que se enfurece, talvez mesmo por nossa culpa. Temos medo (e nem sempre percebemos) da própria tecnologia que nos encanta, porque sabemos que a Ciência não obedece à Ética. Já percebemos que o materialismo, que prometia tanto, não nos trouxe mais do que uma grama de felicidade e nenhuma paz…
Quando temos medo, atacamos. Tudo se passa como se regredíssemos às origens quadrúpedes da nossa evolução: apenas instinto de sobrevivência cego!
Ah, por onde andam os Ghandis modernos, que saberiam libertar uma nação com o poder da tolerância e da não violência?