Barulho, congestionamento, compras, bares lotados com as comemorações de fim de ano e… de novo, nenhum progresso faz a Humanidade em direção a exaltar o verdadeiro sentido do Natal…
Será que existe muita gente que ainda se lembra?
Ou os presentes caros, as comidas exóticas, o alívio por terminar mais um ano substituíram definitivamente o significado original das comemorações de Natal?
Uma criança que nasce pobre, em meio à natureza… Tanto a aprender, com esse símbolo!
Somos, hoje em dia, apenas o que acumulamos: o carro, a casa, o emprego, o título universitário. Nós “temos” os nossos filhos, que são apêndices do nosso brilho pessoal, que nasceram para confirmar o nosso poder de criar.
A humildade tem pouco valor porque se parece com fraqueza; gentileza e amabilidade são confundidas muitas vezes com ingenuidade.
Depredamos e sujamos o mundo como se ele fosse a nossa latrina e como se alguém, que não nós, devesse limpá-la.
Seguimos orgulhosos das nossas conquistas externas, invencíveis nas nossas batalhas diárias, inebriados pelo poder que a vida despeja em nossas mãos.
Fortes, férteis, poderosos…
Invencíveis…
Enquanto isso uma criança e seus pais se prostram novamente em respeito à fragilidade, à simplicidade e ao desapego.
Farão isso todos os anos, silenciosamente, adorados pela riqueza de reis, esperando talvez que um dia, no futuro, alguém ouse substituir o barulho da alegria pelo silêncio da gratidão.
Uma criança que nasce pobre, em meio à natureza… Tanto a aprender, com esse símbolo!