O número de denúncias envolvendo violência doméstica contra crianças e adolescentes por meio do Disque Direitos Humanos (DDH – 0800-31-11-19) cresceu 90% após o lançamento, no dia 19 de junho passado, da segunda etapa da campanha Proteja Nossas Crianças, voltada especificamente para esse tipo de crime. O aumento é em comparação com a média dos 12 meses anteriores ao lançamento da campanha, que teve início em 15 de maio. O foco da primeira etapa foram as denúncias contra a exploração sexual e o serviço registrou um crescimento cinco vezes maior no número de chamadas, também comparados aos 12 meses anteriores.
De abril de 2007 a abril deste ano, o serviço recebeu 1.632 denúncias relacionadas à violência doméstica, média de 136 por mês. Já em um mês de campanha (19 de junho a 19 de julho), 259 denúncias foram feitas. Violência física é o tipo de crime mais denunciado com 120 ligações, ou seja, 46% das chamadas ao serviço do DDH. Outras denúncias são para abuso, violência e exploração sexual, negligência, abandono e violência psicológica. A maioria das denúncias é encaminhada para os conselhos tutelares. Alguns casos são direcionados às promotorias da infância, delegacias especializadas e secretarias municipais de assistência social.
O Secretário de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) em exercício, Juliano Fisicaro, destaca o envolvimento da sociedade na campanha. “Esse resultado demonstra que a população está respondendo de forma positiva e que se sensibilizou pela causa. Esperamos que essas denúncias aumentem cada vez mais, pois a participação da sociedade é o principal mecanismo para combater esses tipos de crimes”, disse.
Coordenada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e pelo Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), a Campanha Proteja Nossas Crianças tem como objetivo sensibilizar a população quanto à importância da denúncia de casos de crimes domésticos contra esse público pelo DDH.
Para mobilizar e envolver a população, a campanha conta com a parceria de veículos de comunicação que exibem um filme sobre violência doméstica. O mesmo material é divulgado em forma de spots nas rádios de Minas. Jornais e revistas também veiculam anúncios com os temas da campanha. No filme, são mostrados adultos com cicatrizes no corpo formando palavras fortes como dor, violência, abuso gravadas na pele. O objetivo é chamar a atenção da população para a importância de proteger as crianças e mostrar que algumas feridas não se tornam apenas cicatrizes, mas ficam marcadas por toda a vida.
Fonte: PM