○ Desfile Militar de 7 de setembro será aberto pelo 4º BECmb em Itajubá

Amanhã, 7 de setembro, se comemora em todo país a Independência do Brasil e para conhecer um pouco mais sobre essa data tão importante, fala o Subcomandante do 4º BECmb, Major Luciano Fontoura de Menezes. Em Itajubá, para comemorar a data, o dia começa com o hasteamento da bandeira em frente à Câmara dos Vereadores às 8h com a participação do prefeito e autoridades. O desfile militar começa às 8h30 na Rua Nova, saindo da Praça do Soldado e será aberto pelo 4º BECmb.

Essa história começa em 1808 e para se localizar no tempo, naquela época Napoleão Bonaparte dominava toda Europa, a exceção da Inglaterra. Portugal então invadido, viu toda a família real e sua corte (cerca de 15 mil pessoas em 20 embarcações) fugindo para a colônia Brasil em novembro de 1807. Escoltados pela marinha britânica, os portugueses pisaram em solo brasileiro em janeiro de 1808 trazendo consigo quase todo dinheiro de Portugal.

O objetivo era estabelecer a sede do governo no Brasil e, chegando no Rio de Janeiro, Dom Pedro I não perdeu tempo em criar o Banco do Brasil e a Academia Real Brasileira e abrir os portos às nações amigas (até então o Brasil só podia comercializar com Portugal), principalmente a Inglaterra. Uma curiosidade é que, para atrasar a chegada de Napoleão a Portugal e agilizar a fuga da família real, houve uma simulação de bombardeamento em Lisboa.

Em 1815 Napoleão Bonaparte cai e é assinado o Tratado de Viena, reorganizando o mapa da Europa. Portugal volta então a ser Portugal com todas as suas colônias, inclusive o Brasil e começa uma pressão dos portugueses para que Dom João VI voltasse para o país de origem, o que só aconteceu em 1821, depois de muita briga e revolta. Dom Pedro I, o filho mais velho, ficou no Brasil e uma comitiva de certa de 3 mil pessoas, mais parte do dinheiro que estava aqui, retornou a Portugal junto de Dom João VI.

Àquela época Dom João VI já sabia que era preciso cuidado porque a realidade era que o Brasil iria procurar sua independência. Toda estrutura estava pronta graças à vinda da família real e estabelecimento da sede do governo aqui e, além disso, quase todos os países da América do Sul já haviam conquistado a independência. Era questão de tempo para o Brasil. E ficou para Dom Pedro I a missão: se fosse para conquistar a independência que fosse com ele e não com um aventureiro.

Mesmo após o retorno de Dom João VI, ainda havia a elite portuguesa que exigia também o retorno de Dom Pedro I que recusou. A partir daí começaram as revoltas, inclusive no Brasil, entre portugueses e brasileiros e foi nesse momento que Dom Pedro I decide organizar o seu exército. Havia naquele tempo o Exército Imperial e as milícias comandadas por coronéis (grandes latifundiários) que eram usadas por Dom Pedro I na luta contra os portugueses que não deixavam o Brasil conquistar sua independência.

O 7 de setembro foi uma data simbólica, quando decidiu-se oficialmente que o país estava independente. Levou mais de um mês para Dom Pedro I ser coroado e só em 1825 Portugal reconheceu de fato essa independência. Estados Unidos foi o primeiro a reconhecer que na época havia passado pelo mesmo processo e estava interessado no novo mercado que o Brasil representava.