Mas algo deve estar acontecendo com o controle da natureza… Os cientistas não chegam a nenhuma conclusão: seremos nós e a nossa irresponsabilidade os causadores das tragédias que presenciamos, ou o mundo entra em mais um ciclo como já houve tantos outros?
Será que da mesma forma que se extinguiram os dinossauros um dia será a nossa vez?
Secas e dilúvios são presentes em toda e qualquer história (real ou mítica) dos povos.
As pragas do Egito, Noé, as histórias das tragédias naturais nos acompanham desde a Antiguidade.
Castigo ou fenômeno natural, cíclico, irreversível e necessário à renovação da vida? Penso que haverá sempre teorias (disparatadas ou razoáveis) possíveis, mais ou menos convincentes, mas independente delas, as condições climáticas estão mudando…
Essa é a nossa única casa e, como uma pessoa querida, parece ter adoecido.
O mundo é velho mas nós, seus habitantes, somos como crianças de colo em relação à idade do planeta.
Como bebês, ainda não temos noção de quem nos alimenta. Gritamos de fome e uma mamadeira se apresenta aos nossos lábios; a mamadeira são os frutos da terra que queimamos e contaminamos, como o bebê que joga ao chão e destrói a mamadeira depois de saciado, por pura diversão.
Até ter fome de novo. Só que a mãe amorosa que se esforça por estar presente e atenta às necessidades do bebê está cansada… A Terra se esgotou de tolerar tantos desmandos, tanta destruição voraz, criminosa, irresponsável, como se o bebê se tivesse travestido de pequeno marginal.
Esta parece ser uma doença crônica e potencialmente incurável, como se o planeta estivesse precisando de Cuidados Paliativos.