O tema do Espaço Quanta desta semana são as novas regras do rotativo do cartão de crédito, que agora passou a ser limitado a um mês. Com o emprego em situação difícil como está e as pessoas precisando fazer uso desta opção, essa decisão parece dura, mas foi pensada justamente para evitar um endividamento muito maior, já que os juros e encargos do crédito rotativo eram os mais elevados do mercado, ficando em terno de 15% ao mês. Ou seja, caso a pessoa caísse no rotativo repetidas vezes, ela assumiria uma dívida com algo em torno de 460% de juros ao ano.
O economista e consultor da Quanta Consultoria HPDA, Hector Gustavo Arango, explica que é preciso entender primeiro o que é um cartão de crédito. Com a facilidade dos cartões bancários, que têm várias funções juntas, as pessoas decidem pelo débito ou crédito como se não fosse nada de mais, mesmo que essas duas funções sejam completamente diferentes.
Enquanto o cartão de débito funciona como uma espécie de conta corrente, da qual se debita um dinheiro que a pessoa já tem, no cartão de crédito se está contratando um financiamento. É claro que o cartão de débito é a primeira opção, já que diz respeito a um dinheiro que a pessoa já possui disponível, enquanto que o cartão de crédito é um recurso que a pessoa não tem disponível e está financiando. De certa forma, financiar algo quando já tem recursos, é uma péssima gestão financeira pessoal.
Não há outra solução para o cartão de crédito, que não consumir menos. Aliás, no Brasil de consome excessivamente no cartão de crédito. Essa modalidade permitia até o parcelamento do parcelamento.
A consequência dessa facilidade de expansão de crédito são cidadãos que perderam completamente o controle das suas finanças e estão em uma situação de endividamento bastante complicada. Muitas pessoas nessa situação terão dificuldades com as novas regras do cartão, já que a partir de agora o rotativo só é permitido uma vez e depois disso ela terá que pagar o valor total da fatura.
Quem estiver nessa situação e não tiver condições de pagar o valor total da sua fatura precisará negociar a dívida, sendo que várias propostas de negociação para o que sobrou do mês anterior virão na própria fatura do cartão. Os juros deste parcelamento ficarão entre 1% e 10%, bem menor que os 15% que era aplicado no rotativo, e o valor parcelado irá comprometer o limite do cartão. Quem não conseguir pagar a fatura total ou o parcelamento terá o cartão bloqueado até regularização.
A política de negociação varia de banco para banco, mas o ideal, caso a pessoa não consiga pagar o valor total, é dar uma entrada de pelo menos 50% do valor devido. Um dos conselhos que se dá nesse momento de negociação é para que quando for financiar, não se aceite a primeira proposta. Outro ponto é que a proposta via cartão nem sempre é a melhor, muitas vezes o crédito pessoal é mais barato.
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Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM