Mais um projeto da FEPI de interação com a comunidade, o projeto Observação de Bebês tem por objetivo oferecer uma oportunidade para que os alunos do 2º ano possam iniciar essa interação, realizando uma intervenção de acordo com as possibilidades teóricas que eles possuem.
O projeto visa avaliar o desenvolvimento dos bebês de 0 a 2 anos, desta maneira, os bebês começam a ser avaliados a partir do momento que chegam ao Centro Infantil, sendo, portanto, o berçário da cheque o foco do estudo, bem como a salinha 1 ano e meio – 2 anos e meio.
São avaliados todos os aspectos do desenvolvimento, incluindo a área motora grosseira e fina, linguagem e socialização, buscando verificar se esse desenvolvimento está contento. A avaliação é feita em centros de educação infantil municipais e algumas vezes particulares também como a Casa da Criança.
Roseli Fernandes Torres de Oliveira, professora do curso de Psicologia da FEPI, explica que não são aplicados testes nos bebês, mas sim observação de escalas de desenvolvimento, identificando os comportamentos esperados e posteriormente organizando a informação obtida na forma de gráficos.
A própria creche passa as informações obtidas aos pais, alertando quando necessário e fazendo os encaminhamentos necessários.
É importante que os pais também se atentem ao desenvolvimento dos seus filhos, com 1 ano, até 1 ano e meio, já se espera que a criança diga alguma coisa, que ela emita sons diversos. No projeto, ao identificar dificuldades, a creche já começa a estimular mais que o habitual aquela criança para tentar fazer com que o comportamento esperado apareça.
Além da fala, os pais também devem se atentar à coordenação fina, quando a criança não consegue segurar objetos, aos reflexos, ao andar e ao engatinhar (em média as crianças andam entre 1 ano e 1ano e 4 meses).
Outra questão importante é o chiqueirinho, onde as crianças são colocadas enquanto os pais fazem alguma outra atividade. A professora Roseli explica que, desde que o ambiente não seja muito apertado, isso não vai prejudicar o desenvolvimento da criança, mas também é importante que ela não passe o dia todo lá dentro. Brinquedos são permitidos, desde que não sejam perigosos.
Sobre o andador, a professora explica que ele é desnecessário, a criança vai andar mesmo sem ele. O que se vê é um exagero por parte dos pais que pode, inclusive, gerar problemas à criança. Se não usado em exagero, o andador pode ser visto como uma diversão e apenas isso.
É normal que as crianças suguem, elas precisam exercitar a musculatura, mas existe um limite. É natural o hábito de chupar o dedo apenas enquanto bebê, após os 2 anos esse hábito é um indício de criança imatura e que precisa ser estimulada em outros interesses.
O projeto não oferece orientação a respeito de alimentação e cuidados com os bebês, focando apenas na avaliação psicológica. A experiência muito válida para os 35 alunos envolvidos é conseguida através de um duro treinamento, sendo atendidas todas as instituições infantis de Itajubá.
Para mais informações, buscar a coordenação do curso de Psicologia da FEPI ou a reitoria da instituição.
Assista ao vídeo com a entrevista completa.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM