Belo Horizonte – A partir desta segunda-feira (5), jovens entre 20 e 29 anos podem procurar os postos de saúde em todo o Estado para se vacinar contra a Influenza A (H1N1). A vacinação vai até o dia 23 de abril e a expectativa da Secretaria de Estado de Saúde é imunizar 3.617.587 jovens em Minas Gerais. De acordo com Tânia Brant, coordenadora Estadual de Imunização, para o controle do vírus é necessário que todos, dentro da faixa etária recomendada, sejam imunizados. “A vacinação é importante porque é a única forma de prevenir contra a doença, que é contagiosa, provocada por um vírus, que passa facilmente de uma pessoa para outra, através de um espirro ou uma tosse”, destacou.
Em Minas Gerais, foram confirmados seis casos de influenza A H1N1 e dois óbitos em 2010. No último ano, foram confirmados 1.565 e 163 óbitos, destes 48,47% dos óbitos foram em jovens de 20 a 39 anos.
“É importante que os jovens se sintam mobilizados e tomem a vacina, uma vez que esta faixa etária foi a mais atingida. Uma característica é a constante permanência em locais fechados como bares e festas, o que aumenta a probabilidade de contágio da doença”, destacou a coordenadora.
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde pretende imunizar pelo menos 80% do público-alvo desse grupo, formado por 35,1 milhões de pessoas. Essa faixa etária foi a que teve o maior número proporcional de casos de doença respiratória grave causada pelo novo vírus no ano passado, 24% do total de 44.544 casos, em todo o país. O grupo também concentrou 20% das mortes ocorridas em 2009, ao todo, foram 2.051.
Gestantes, crianças e doentes crônicos
Para os que perderam o prazo da última etapa, o MS ampliou o prazo até o dia 23 de abril. Gestantes, doentes crônicos e crianças menores de dois anos, ainda podem se vacinar nos postos de saúde em todo o Estado. A estimativa do é que 6.521 gestantes sejam imunizadas neste período. A vacina para as mulheres grávidas é sem adjuvante, substância adicionada à vacina para produção de maior quantidade de anticorpos, o que poderia causar aborto.
Já as pessoas com doenças crônicas e as crianças com idade a partir dos seis meses e menores de dois anos, a intenção é imunizar 9.203 crianças e 19.047 portadores de doenças crônicas até 60 anos, além de 2.337 acima dos 60 anos.
Os doentes crônicos devem consultar o médico antes de tomar a vacina para esclarecer dúvidas e receber orientações. Abaixo, a relação das doenças crônicas para vacinação:
Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros: crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25; criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35; adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40 ;
Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);
Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular);
Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
Pessoas com diabetes;
Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex:fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;
Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;
Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;
Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica: hipertensão arterial pulmonar e valvulopatia;
Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [Feve] menor do que 0.40);
Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [Feve] menor do que 0.40;
Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;
Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;
Pessoas com miocardiopatias (Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva);
Pessoas com pericardiopatias.
Fonte: Agência Minas