○ Menores apreendidos são liberados por falta de vagas para internação, afirma Delegado de Polícia Civil

Em entrevista ao Conexão Itajubá, os Delegados de Patrimônio da 2ª Delegacia de Polícia Regional de Polícia Civil com sede em Itajubá, Dr. Kalil Ribeiro e Dr. Rodrigo Megale, falaram sobre o seu trabalho e atualizaram a população sobre os crimes que marcaram Itajubá. Para esclarecer sobre a sua função, o Dr. Rodrigo explica que quando a Polícia Militar encaminha um indivíduo para a delegacia, inicia-se o dever de investigação da Polícia Civil.

A partir do momento que o indivíduo chega à delegacia, a Polícia Civil começa a trabalhar com os fatos e coletar informações de modo a chegar à autoria do crime. Até que a culpa seja comprovada, o inquérito policial, por sua própria natureza, é sigiloso.

Na última quinta-feira (16) mais um crime violento chocou a cidade de Itajubá. Uma mulher de 27 anos foi assassinada na sua própria residência. A jovem veio a óbito em decorrência de várias facadas que ela recebeu por todo corpo, sendo duas no coração que foram as responsáveis específicas por sua morte.

O Dr. Rodrigo explica que assim que o crime ocorre, de imediato a autoridade policial determina que a perícia compareça ao local, o que foi feito. As informações colhidas serão utilizadas para elucidação do feito. A investigação segue em sigilo e por isso nenhuma informação a mais foi divulgada.

Sobre a busca de similaridades com o assassinato da jovem universitária Deborah Oliveira, ocorrido em agosto do ano passado, o Dr. Kalil afirma que já existe comprovação cientifica feita através de exame de DNA da autoria, além de uma confissão do acusado. Logo após a coletiva oferecida à imprensa, houve uma reconstituição do crime.

A respeito dos crimes contra patrimônio, os delegados destacaram o roubo à Casa Lotérica, já solucionado e com identificação de todos os envolvidos, quatro adolescentes que aguardam vagas para internação. Esse é o grande problema enfrentado pela Delegacia de Patrimônio. Muitos dos crimes são elucidados, comenta Kalil, “Quando são maiores de idade a gente consegue a prisão, mas quando são adolescentes, de certa forma, acabam ficando impunes”.

No caso do roubo à Lotérica, os jovens ficaram por cinco dias no presídio, mas como não houve vagas para internação, eles foram liberados. O Dr. Rodrigo alerta sobre a importância de surgirem novas vagas, e comenta sobre a crueldade dos menores e o descaso pela vida humana identificado. O Dr. Kalil acrescentou ainda que esse é um problema do Estado de Minas Gerais que não disponibiliza as vagas.

Ontem (20) ocorreu um assalto à supermercado em Itajubá. Uma quantia significativa de dinheiro e cheques foi subtraída e a Polícia Civil segue investigando o crime. Já existem alguns suspeitos para reconhecimento e a partir disso se verificará as providências a serem tomadas. Existe a possibilidade de o grupo em investigação ser o mesmo relacionado ao roubo à Casa Lotérica.