A história da empresa Fé e Arte começa com o encontro de um mineiro de Pouso Alegre e uma paulista de São Bernardo do Campo, com sonhos e crenças em comum, mas que só foram se esbarrar do outro lado do oceano. Tudo começou em Dublin, na Irlanda. Ela foi em busca de aperfeiçoar o inglês, enquanto ele partiu à procura de uma mudança radical de vida. O encontro revelou muitas afinidades, a começar pelos nomes: Cláudio Rios Fonseca e Cláudia Alexandra Lopes.
Ambos estudavam e trabalhavam em lugares diferentes e estavam envolvidos com a acelerada rotina irlandesa. Até que um dia, eles se encontraram em uma comunidade católica, e uma amizade se transformou em namoro.
Tudo ia bem, até a chegada da pandemia. Em 2020, eles perderam o emprego em Dublin, e sem perspectivas de melhora, retornaram ao Brasil. Ao chegarem em Pouso Alegre, no Sul de Minas, procuraram emprego nas áreas em que cada um atuava. Mas, após tentativas frustradas, diante de um mercado de trabalho estagnado, reflexo da crise provocada pela Covid-19, Cláudio decidiu investir em um talento que tinha descoberto há pouco tempo em sua estadia na Europa: a marcenaria.
Foi aí que o casal resolveu unir a arte da madeira com a religiosidade, e investir as economias em um novo negócio. Assim surgiu, em janeiro de 2021, a empresa Fé e Arte. Na lista de produtos oferecidos aos clientes, imagens sacras, suporte para velas, quadros, tábuas personalizadas para queijos, suportes para vinho e outros acessórios em madeira. “Compramos uma máquina para desenhar e cortar a madeira, e montamos nossa oficina no sítio da família”, explica Cláudia.
Mas, o casal foi além, e procurou o Sebrae Minas para preparar o negócio para o mercado, principalmente, pensando em dar um impulso às redes sociais da empresa. E a ajuda deu certo! As vendas pela internet foram tão boas, que em maio deste ano, o casal inaugurou a primeira loja física, no centro da cidade mineira. “A empresa é mais que uma forma de ganhar dinheiro juntos, é um jeito que encontramos, como o próprio nome já diz, de juntar a fé com a arte em algo que nos motivasse a seguir em frente”, justifica Cláudia.