Estamos bem no meio de mais uma epidemia respiratória, mais uma vez causada por um coronavírus.
Vai se espalhar ainda mais pelo mundo, é o que dizem os especialistas, mas não tem os índices de mortalidade até agora que tiveram o SARS e o MERS, também originados dos coronavírus.
Mas estamos ainda no início, e estas afirmativas podem mudar.
Já há notícias, por exemplo, de que o coronavirus que circula na Itália não é idêntico ao da China. Já houve mutação? É outro tipo, autóctone?
Enquanto isso, no Brasil, temos altíssimos índices de dengue, de sífilis, e parece que não estamos preocupados.
Os casos novos de infecções por HIV não param de crescer. Jovens são as principais vítimas, o que significa que terão uma longa vida de sofrimento pela frente.
Desinformação? Certamente não.
Até crianças sabem sobre as consequências e os riscos dessas doenças.
Então o que motiva os índices crescentes de infecções por essas doenças terríveis que levam, após anos de sofrimento, à morte?
Desinformação não é, já sabemos…
Onipotência, a sensação de que conosco não pode acontecer o pior, talvez?
Pode ser.
Especialmente entre jovens, onde a sensação de que “comigo não” é soberana.
Mas não são apenas os jovens que se furtam às doenças, ao sofrimento e à morte. Todos nós fazemos isso. Todos nós achamos que conosco não acontece…
Até que aconteça.
A doença, a morte e, antes da morte, os desconfortos e as limitações.
A vida inteira, até que chegue a morte, é limitada e fonte de aprendizado.
Aprendemos a aceitar a frustação, a dor e o pior da dor, a morte. Aprendemos, na verdade, apenas se nos entregarmos de coração á ideia de que todos nós somos mortais, e que a nossa morte possa ter um significado.