“O Homem Grande é pequeno!
Ele se dobra sem meda da queda
Os ventos não o derrubam
E as marés não o carregam!
Ele planta amoras no jardim
Para ter borboletas no ar!
Ele ri na tristeza da morte
E chora a alegria do encontro!
Ele embala a criança assustada
E entra com o jovem na vida!
O Homem Grande é
Um pouco
Mulher…”
Escrevi este texto em 1995. Não sabia que estava falando dele.
Naquela época eu mal conhecia os Cuidados Paliativos, não suspeitava de que fosse um dia trabalhar com pessoas à morte e não tinha a menor ideia de quem pudesse ser o Prof. Marco Tullio de Assis Figueiredo… Não sabia que me apaixonaria por ele como adolescente, que nos casaríamos como se fosse a primeira vez, e nem que seríamos imensamente felizes por tão pouco tempo.
Tempo de relógio, porque no tempo infinito do Amor não há conta de menos nem saudade de mais.
No tempo infinito do Amor também não há dor que fica menor nem maior. Um ano é um dia, agora é como se fosse para sempre, o nunca mais não existe porque a pessoa que se foi fica entranhada na alma e faz companhia dia e noite…
No tempo infinito do Amor as memórias são frescas como as flores no amanhecer, os sons e os cheiros nos visitam renovados todos os dias, às vezes quase se toca a brisa suave que a lembrança dele traz…
O tempo infinito do Amor é o tempo da saudade pra sempre.