O que vem pela frente, nos últimos dias do ano que ficou velho, não são apenas 365 dias de novas oportunidades de acertar. É muito mais do que isso: são sonhos novinhos, promessas refeitas, planos revistos, e tudo isto tem o efeito de nos inebriar, como vinho novo!
Todos temos os nossos “patuás”, as nossas “simpatias” para convidar a felicidade a morar conosco no ano novo. Há quem pule sete ondas, há quem guarde 12 sementes de romã na carteira, há quem mande rosas brancas pra Iemanjá…
Há também quem saia pelas ruas dedicado a cuidar de quem não tem ninguém por si mesmo…
Há quem escolha o silêncio da meditação e da oração, fazendo a sua parte na invocação da Paz para a Humanidade, essa paz que parece a cada ano mais distante…
Eu, por mim, gosto de brincar com os números.
O número piramidal que resulta da soma de 2014 é 9. Gosto do número nove: ele sinaliza encerramento de ciclos e colheita dos resultados do que foi plantado. Traz a responsabilidade social aos nossos ouvidos, o respeito à natureza à nossa mente, caso queiramos seguir a mensagem.
Simboliza a alegria, a leveza e o desapego, também. Dinheiro não é o forte para esse número, apenas porque ele olha mais para o alto.
Parece bom, não? Pois é: depende!
A colheita só pode ser feita, do que foi plantado: se eu plantei sementes chochas e não cuidei da terra, certamente vou passar fome.
Se eu entender alegria como a excitação vazia das emoções fáceis e egoístas, duvido que as experiências deste ano me deixem verdadeiramente feliz. Se a leveza for a do descompromisso, a solidão me espera no fim do caminho. Se o desapego for de pessoas ao invés de ser de coisas ou do poder que elas trazem, não terei dado um passo sequer rumo a me sentir uma pessoa melhor!
É, como sempre: por detrás de toda tendência, estou sempre eu a decidir o que fazer com ela.
Felizes escolhas em 2014, leitores!