○ Papo de Esportes: No Rio, a crise ética, política e financeira mais uma vez atinge o futebol

Todos os brasileiros estão acompanhando a situação do estado do Espirito Santo quando a polícia militar resolveu abandonar a população para protestar diante da crise econômica e política que envolve não somente este estado, mas todas as federações deste Brasil que sofre pelos desmandos e mal tratos promovidos pela nossa incompetente e corrupta classe política.

Tendo em vista os acontecimentos do estado do Espirito Santo e pela maneira que as facções criminosas dominam atualmente parte da cidade do Rio de Janeiro, a população desta cidade maravilhosa entra em pânico em pensar uma situação sem o policiamento. Pois esta ameaça iniciou durante a semana quando as esposas dos militares iniciaram um protesto na frente dos quarteis, impedindo os militares de se movimentarem.

Entrando no esporte, mas sem sair da crise institucional, o jogo de futebol entre Botafogo e Flamengo foi ameaçado de não acontecer em função do número de policiamento definido para o jogo.

Poucas horas antes do início do jogo, o Botafogo avaliou a situação nos arredores do estádio do Engenhão e solicitou a anulação da partida considerando que o efetivo de segurança não era suficiente e ameaçou não realizar a partida.

As indefinições começaram por volta das 17h. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e o Grupamento Especial de Policiamentos em Estádios, no entanto, garantiram a realização do clássico.

Por volta das 18h, enquanto o Botafogo pressionava a Federação do estado do Rio de Janeiro, solicitando o adiamento do jogo, uma confusão generalizada tomava conta da entrada norte do Engenhão. Brigas, muitos tiros e uma correria desenfreada assustavam os torcedores que chegavam ao local.

Um torcedor morreu, outros dois foram baleados e cinco foram levados para um hospital próximo ao estádio por conta da confusão.

Se a situação financeira dos torcedores já o faz pensar muitas vezes antes de decidir em adquirir o ingresso e ir aos estádios, imaginem com tudo isto que prejudica a motivação do pobre e do rico torcedor. Tudo contra o torcedor e contra o futebol. Como fazer deste esporte uma maneira de ser um entretenimento seguro e viável financeiramente?

Como desenvolver este esporte como um promissor negócio e conseguir manter grandes clubes e times e não deixar o futebol brasileiro continuar decaindo em relação a outros países?

Na verdade, é difícil separar a proliferação política e ética deste país das demais atividades que alimentam a sociedade definindo a maneira de ser e sentir, formando uma cultura através de suas crenças e valores.

Uma questão que tem muito me preocupado: Como será a cultura do Brasileiro no futuro?