○ Presidente da Câmara Municipal de Itajubá diz que diminuição no número de vereadores será discutida

O nível de insatisfação do povo brasileiro chegou ao seu limite e agora as pessoas estão indo pras ruas manifestar seu descontentamento. Recentemente houve alguns episódios em Itajubá, com manifestações na quinta-feira (20) e ontem (25), esta ultima em frente à Câmara Municipal da cidade.

O Presidente da Câmara Municipal de Itajubá, vereador Robson Vaz, apoia a manifestação pacífica. Algum tempo atrás o vereador já havia manifestado sua contrariedade à PEC 37 e pediu à população que reagisse quanto a isso.

Na opinião de Robson Vaz, as manifestações estão até atrasadas tendo vista aos episódios negativos que não foram poucos na política brasileira. Ele lembra o mensalão e o escândalo Cachoeira que deixou a população descrente quanto à política, já que nem o partido do presidente e nem a oposição estavam salvos, o vereador pede ainda que as pessoas não generalizem.

Ele diz que é justa a indignação da população diante dos fatos e que estourou com o escândalo das passagens, mas sugere que a manifestação seja mudada de maneira a não pedir a diminuição as passagens de ônibus, mas a reforma tributária que diminuiria não só as passagens, mas também todos os serviços e produtos.

Na manifestação desta segunda-feira (20) foi reivindicada a diminuição no número de vereadores, no entanto a bandeira principal ainda foi o transporte coletivo. Diante disso o vereador comenta a ação do prefeito que voltou a passagem ao seu valor sem reajuste para discussão. A situação é complicada. Ele explica que o prefeito diminuiu o preço da passagem, mas em contrapartida o serviço ficou pior por iniciativa da própria empresa Valônia que cortou alguns dos horários. Tanto o aumento da passagem de ônibus quanto a gestão do transporte coletivo não passa pela Câmara.

Outra reivindicação dos manifestantes tratava justamente da PEC 37, além da diminuição do número de vereadores. Diante do ocorrido a Câmara pensa em rever a situação e explica que antes o que se via era um pequeno grupo com interesses políticos, mas agora, em respeito à manifestação, haverá a discussão tanto para esclarecer à população sobre a função do vereador, como também para incentivar a manifestação pacífica.

Foram 300 pessoas a manifestar na Câmara e como não cabiam tantas pessoas, uma televisão foi instalada do lado de fora para transmitir a reunião a todos. Após a reunião, o vereador conta que chamou algumas das pessoas a frente do movimento e sugeriu que eles se organizassem e criassem uma comissão e pontuassem as suas reivindicações. A Câmara de dispôs a fazer a mediação com os outros órgãos públicos.

fotos: Flavio Cesar