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A minha avó

Publicado por Dra. Graça Mota Figueiredo em 12/10/2011
Eu convivi muito pouco com a minha avó paterna; tinha 5 anos quando ela morreu…

E ela morreu suavemente, tão suavemente quanto sempre viveu…

Morreu silenciosamente, sem fazer barulho, assim como fez a vida toda…

Eu era a única filha do seu filho mais velho, a quem ela idolatrava; transferiu prá mim, talvez, o amor que sobrava, depois de amar muito o filho. Não me fiz de rogada: amava-a com paixão!

Ela me protegia escandalosamente: me tirava da cama onde meus pais, ótimos educadores, tinham me colocado na hora certa de criança dormir.

Brincava comigo do que eu quisesse, até ouvir os passos deles voltando do cinema ou da visita a amigos; aí, numa cumplicidade deliciosa, cobria os meus olhos brilhando e o meu cabelo suado e despenteado, no melhor estilo de alcoviteira…

Eu a adorava!

Como meu avô já morrera há muito, ela passava temporadas com cada um dos filhos. A sua chegada em casa se parecia com o Natal, pouco importando que não fosse dezembro.

Ela sempre se fazia anunciar, como uma grande dama, ou apenas porque sabia que assim, temperado pela espera, o meu prazer ficava maior.

Uma noite, entretanto, ela chegou sem aviso…

Sentou-se na beira da minha cama, me acordou suavemente, fez sinal de silêncio com o dedo nos lábios, e eu entendi que aquele momento era só nosso.

Conversamos a noite toda; não guardei a nossa conversa, mas me lembro até hoje do calor da sua mão na minha testa, do sorriso doce e amoroso presente a noite toda no seu rosto enrugado.

Em algum momento ela me disse que ficasse bem quietinha até a manhã do dia seguinte, porque precisava ir embora.

Crianças são só sentimento e muito pouca lógica; deve ter sido por isto que não achei estranha a sua presença sem aviso e nem me assombrei com a partida dela em plena madrugada…

Dormi de novo, envolta na expectativa das nossas brincadeiras dos próximos dias.

Pela manhã meus pais me acordam, e eu soube que o momento era sério…

A expressão dos seus rostos não me deixava dúvida, e eu achei melhor não falar de alegria naquela hora; deixaria para falar da vovó mais tarde.
Mas não tive chance: eles me contaram suave e delicadamente, que ela morrera naquela madrugada.

Só muitos anos mais tarde eu contei a eles que a vovó estivera comigo enquanto morria.

Este foi o nosso segredo por muito tempo…

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