Recebi um texto pela internet, intitulado: ‘As 18 dicas para ser feliz’. Eis as sugestões preparadas por alguém que se preocupa com o bem-estar das pessoas:
1. Persiga metas possíveis de serem alcançadas.
2. Sempre sorria espontânea e genuinamente.
3. Divida com os outros.
4. Ajude os necessitados.
5. Mantenha seu espírito jovem.
6. Relacione-se com ricos, pobres, bonitos e feios.
7. Sob pressão, mantenha-se calmo.
8. Use seu humor para aliviar o stress.
9. Perdoe aos que lhe incomodam.
10. Tenha alguns amigos em quem confiar.
11. Coopere e consiga as melhores recompensas.
12. Valorize cada momento com quem você ama.
13. Mantenha em alta sua confiança e autoestima.
14. Respeite as diferenças.
15. Vez ou outra, permita-se quebrar as regras.
16. Navegue na internet por prazer.
17. Corra riscos calculados.
18. E compreenda: Dinheiro não é tudo!
Bem, você seria capaz de escolher a ‘dica’ mais importante para praticar, sem vacilar por toda a vida? Se eu lhe sugerisse a de número 9, por exemplo, conseguiria exercitá-la para ganhar o Céu? Se preferir, há esta história que serve de orientação:
Certa tarde, depois de discorrer sobre as excelências do Reino de Deus, um monge indagou ao outro: ‘Pelo que temos conversado, qual a virtude que lhe parece mais acessível ao homem?’ O companheiro respondeu: ‘Para mim, a virtude mais simpática é a caridade, pois nenhuma me faz mais feliz quanto ela, quando tenho oportunidade de praticá-la. Fico com a impressão de que a caridade é um anjo maternal velando por todos nós, os pecadores’.
Interessado em ouvir mais, o primeiro monge pediu que o outro se explicasse melhor, e se deliciou com isto: ‘A caridade não nos impõe condição alguma! A renúncia é uma virtude exigente; o perdão tem as suas condições; a fé, para que não se enfraqueça, necessita de constante oração; e somente a caridade nos aceita como somos, sem exigir nada em termos de renovação imediata. Não nos indaga pelo nosso passado, nem nos questiona acerca da nossa moralidade, alegra-se tanto com as maiores quanto com as diminutas doações que fazemos em benefício dos que sofrem, independente de credo ou raça’.
O religioso, impressionado com as palavras que ouvia, pediu ao amigo que não parasse de falar, e foi escutando: ‘Acredito, ainda, que caberá à virtude da caridade, no futuro, unir todos os homens em torno da santa Palavra. Não haverá filosofia que, sem necessidade de altear a voz, ela não consiga redimir. A caridade, além do mais, é tão complacente que é possível praticá-la sem que se tenha assimilado totalmente a essência!’
E agora, ficou mais fácil escolher a melhor de todas as virtudes? São Tiago diz que a fé sem obras é morta! E reforça: “Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia” (Tg 2,13). E eu também reforço dizendo que sem compaixão, não há misericórdia; e sem amor, não há caridade.
Mas, sempre há pessoas que relutam em aceitar as Verdades Sagradas e preferem acreditar em ‘dicas’ que não incluem a oração e são inúteis à salvação. A esses, antes que seja tarde para voltar atrás, eu gostaria de contar este fato:
Certa noite, um forte vento varreu Itajubá e, assim que a chuva cessou, eu percebi o nosso antigo pinheiro deitado no terraço. Quando me aproximei, constatei que o vaso que o sustentava havia quebrado completamente ao tombar e fiquei triste ao ver uma porção de cacos e terra por toda parte. No dia seguinte, enquanto apanhava alguns pedaços de madeira no chão, observei com surpresa que muitos galhos estavam secos, quase mortos e havia poucas folhas verdes.
Obviamente, aqueles fragmentos caídos não tinham vida e eram inúteis para a árvore. Então, numa palestra que ministrei, eu disse que muitas vezes Deus permitiu que minha vida fosse sacudida, golpeada pelas circunstâncias e ameaçada pelos ventos da adversidade. E perguntei: ‘Será que Ele estava me agitando para lançar fora as coisas inúteis da minha vida? Seria possível que, o que parecia ser uma grande perda, era realmente uma providência Divina para retirar de mim todo galho seco e imprestável?’.
Existem bênçãos que chegam estilhaçando vasos e espalhando sujeira! E todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e que são chamados segundo o Seu propósito. Portanto, deixo claro que as minhas ‘dicas para ser feliz e superar com fé as provações’ são: ‘Os 10 Mandamentos’. Além do bem-estar espiritual nesta vida, garantimos a felicidade eterna no Céu!
Paulo R. Labegalini
Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).